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Há 15 anos estreava o Invasão Anime, da Fox Kids

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O Cartoon Network e a extinta Fox Kids foram responsáveis pelo boom dos animes na TV por assinatura no início da década de 2000. A gente sabe que a grande febre começou mesmo nos anos 90 com Os Cavaleiros do Zodíaco (sendo que haviam outros animes exibidos por aqui antes de Seiya e cia). Mas esta época também tem sua importância na história dos desenhos japoneses no Brasil. Seja para o bem ou para o mal.

O Invasão Anime foi o primeiro bloco de animação japonesa na TV paga brasileira. Antes a Fox Kids - e também o Cartoon - exibiam animes desde meados dos anos 90. A partir de 2000 esse tipo de programa ficou em evidência nos canais devido às exibições de Digimon, Pokémon e outras séries do segmento. A Fox Kids promoveu uma pré estreia no carnaval de 2001. De 24 (sábado) a 27 (terça) de fevereiro daquele ano o canal fez mini maratonas de animes como Digimon Adventure, Monster Rancher, Flint - o Detetive do Tempo, a pré estreia de Dinozaurs e várias exibições do primeiro filme de Patlabor - inédito até então.

O lançamento oficial aconteceu na quinta-feira pós carnaval, em 1 de março de 2001. O Invasão Anime era o bloco de animes de maior duração diária. Iniciava sempre das 17h30, logo após a dobradinha de Power Rangers. Nos primeiros meses ia até às 20h, mas com o tempo ganhou uma hora a mais. Vale lembrar que entre 2002 e 2003, após as nove da noite aconteciam dobradinhas com reprises das duas recentes temporadas de Digimon até então, seguido do engraçadíssimo Shin-chan a partir das dez da noite. Mas já não eram incluídos no bloco. Ainda assim podem ser consideradas como uma "extensão" do Invasão Anime.

O bloco permaneceu até a extinção da Fox Kids, em meados de 2004, e algumas séries que estavam no ar continuaram no canal Jetix, canal infantil da Disney (também extinto) que ocupou a programação. Não foi o melhor bloco, mas alguns títulos deixaram lembranças, de alguma forma. Outros deixavam a desejar e não batiam de frente contra um bom Toonami.

Relembre os melhores e piores que passaram pelo Invasão Anime:



Digimon

A primeira temporada conhecida como Digimon Adventure estreou em julho de 2000, simultaneamente com a Globo (leia mais aqui). Nos primeiros meses do bloco foram de reprises até a estreia de Digimon Adventure 02 (ou Digimon 2) em julho de 2001. O tradicional horário das cinco e meia da tarde ainda recebeu as séries Digimon Tamers (Digimon 3) e Digimon Frontier (Digimon 4).



Monster Rancher

Antes da estreia na Globo no final de 2000, as aventuras de Genki e seus amigos contra o terrível Moo iniciaram na Fox Kids meses antes. Inicialmente aos sábados. A série ocupou a faixa das seis da tarde. Na Globo o anime foi exibido em substituição de Digimon e teve sucesso mediano.



Medabots

Estreou em 19 de novembro de 2001 - segunda-feira, substituindo Monster Rancher. Se passava no ano 2122 e contava a história de Ikki e seu robô Metabee numa disputa entre os Medabots (Medarot no original japonês). Praticamente na filosofia "Pokémon way of life". O anime, que teve distribuição no ocidente pela A.D. Vision, também ganhou popularidade na programação matinal da Globo. Destaque de dublagem para Wendel Goku" Bezerra como o Metabee, que sempre dizia "Ah, eu sou demais!".




Beyblade

Outro anime caça-níquel que fez carreira no Brasil na Fox Kids, seguido da famosa emissora dos Marinho. O enredo era sobre uma luta entre equipes que utilizavam poderosos peões numa "rinha" de monstros. Estreou no final de 2002, substituindo Medabots no horário das seis.



Flint - o Detetive do Tempo

Foi uma adaptação americana da Saban da série original Jikuu Tantei Genshi-kun (1998~99). Começa no século XXV onde viagens no tempo são comuns. Para deter ações da vilã Petra Fina (cuma?!), Flint, luta com seus amigos para impedir seus ataques. Esse talvez é o anime mais fraco que já passou pelo bloco (sendo um forte concorrente de Super Pig como o pior anime da Fox Kids). Um fiasco para quem "competia" com Dragon Ball Z (via Cartoon Network) na faixa das seis e meia da tarde. As histórias eram extremamente bobas e a gangue de Petra Fina era uma "contraparte" deformada da Equipe Rocket, de Pokémon. Também foi exibido na Globo, mas sem sucesso algum. Que bom.



Patlabor

Dentre os animes exibidos no Invasão Anime, esse era um dos poucos títulos dramáticos já exibidos, ao lado de Digimon. Patlabor (1989~90) tinha como protagonista a ex-jogadora de basquete Noa Izumi, que se une a uma unidade da policia e assume o controle do robô Ingram 01. Patlabor era essencialmente focado no cotidiano dos policiais que pilotavam os Labors (os mechas da série) e seguia um realismo que ia na contra mão de franquias renomadas como Gundam. Os primeiros episódios exibidos no Brasil contavam com as versões originais de abertura e encerramento, mas infelizmente estas ganharam versão em português. Quem assistia, provavelmente se constrangeu com o trecho "Me dê um abraço/Midnight Blue". Como citado no início do post, o primeiro filme (de uma trilogia) de Patlabor foi exibida antes da estreia da série, assim como no Japão. O segundo filme também foi exibido na Fox Kids. A dublagem era carioca e tinha vozes marcantes como de Iara Riça (como Noa), Felipe Grinnan (como Asuma), dentre outros. Infelizmente foi um anime injustiçado pelos próprios otakus da época e também pela Globo, que adquiriu os direitos da série e engavetou no baú do esquecimento. Bem que merece uma nova chance nos dias de hoje e melhor atenção do público.




Shaman King

Estreou em 2002 e é um dos animes mais lembrados daquela geração. Contava sobre um jovem xamã Yoh Asakura, um medium entre o mundo dos vivos e dos mortos que pode se unir a fantasma. Aparentemente pode ser visto como um caça-níquel como Pokémon/Digimon e gerou até falsas polêmicas no meio religioso. Mas tinha uma história séria, tentando chegar aos pés de YuYu Hakusho. Foi dublado pela extinta Parisi Vídeo e contou com nomes conhecidos como Rodrigo Andreatto, Fábio Lucindo, Letícia Quinto, Luiz Antônio Lobue, etc.



Dinozaurs

Adaptação ocidental da série original DinoZone (1998) que misturava animação com computação gráfica. A história era bizarra. Contava sobre a luta jurássica dos Dinozaurs contra os malignos Dragonzaurs que despertam na era moderna. Em meio a isso, Kaito, o garoto protagonista, que descobre o plano dos vilões. Sem contar que era guardião de uma das três adagas Dino que formava uma força vital na Terra. A animação (feita originalmente pela Sunrise) era de má qualidade e o enredo era de quinta. Teve pre-estreia no carnaval de 2001. Amargou apenas seis meses na programação - de 1 de março a 31 de agosto de 2001 na faixa das sete e meia, saiu sem deixar saudades, e jamais passou pela TV aberta. (Não merecia mesmo) Um dos piores animes que passaram pela Fox Kids. Nem mesmo a imponente interpretação do dublador Walter Breda (o Mestre Ares na dublagem clássica de Os Cavaleiros do Zodíaco) ajudou a salvar o anime.



Shinzo

Outra adaptação americana da Saban que atendia no Japão pelo título original Mushrambo (2000), da Toei Animation. O anime se passava num futuro apocalíptico onde nosso planeta foi rebatizado de Enterra, por consequência de uma conquista dos monstros Enterranos. Três destas criaturas que foram banhados com os poderes de um estranho meteoro se empenham em defender uma sobrevivente humana chamada Yakumo. Assim começava uma jornada para levá-la até o castelo Shinzo. Apesar dos efeitos constrangedores feitos pela Saban, Shinzo tinha uma boa história e o lado sombrio foi mantido (dentro dos padrões norte-americanos). Estreou no Invasão Anime em 3 de setembro de 2001 (coincidentemente a mesma data de estreia de Samurai X no Cartoon) e substituiu dignamente Dinozaurs na faixa das sete e meia. Foi reprisado sequencialmente no bloco e ganhou uma única exibição na TV Globinho em abril de 2002.




Músculo Total

Mais conhecido no Japão como Kinnikuman (um grande clássico da Shonem Jump), o lutador passou no ocidente com distribuição da 4Kids Entertainment, a mesma de Pokémon e Yu-Gi-Oh! fora do Japão. Estreou em julho de 2003 na faixa das sete e meia da noite, substituindo Shinzo.


Autopista

Esta era uma animação sul-coreana. Era baseado em corridas de carros por controle remoto e apresentava o pequeno Jimmy que foi transportado para um mundo de um jogo que dá o nome à série (Track City no original). Jimmy, junto com os novos amigos, tinham que deter um vírus maligno. As coisas ficam confusas quando o sistema do jogo se engana e pensa que o protagonista é o Piloto Lendário. A dublagem paulista contava com Yuri Chesman (o Gohan adulto de Dragon Ball) como o protagonista. Estreou em meados de 2001 e inaugurou a faixa das oito da noite no bloco. Simplesmente era o mais leve que passou pelo Invasão Anime e tinha apenas 26 episódios.




Os Cavaleiros de Mon Colle

Em junho de 2002 a Fox Kids estendeu o bloco Invasão Anime para mais uma hora. A faixa das oito da noite foi inaugurada com Os Cavaleiros de Mon Colle (distribuído pela Saban Entertainment). Estreou sem muita divulgação e suas chamadas no canal eram medonhas. Tinha como protaginista Rockana, uma garota de 11 anos que viaja para uma outra dimensão ao lado de seu melhor amigo Mondo, afim de reunir seis elementos, antes que o vilão Eccentro pegue primeiro. O anime tinha humor excessivo e infantiloide. Foi dublado pelo extinto estúdio Herbert Richers. Mon Colle jamais foi exibido na TV aberta.



Transformers: Nova Geração

Também estreou em junho de 2002, inaugurando a faixa final das oito e meia. Originalmente como Transformers: Car Robots (2000), chegou no ocidente via Saban como Transformers: Robots in Desguise. Sem adrenalina, os fãs torceram o nariz para a então nova série. A Herbert Richers, que dublou a série clássica, fez mais esse trabalho e vale destacar Guilherme Briggs como Optimus Prime.



Transformers: Armada

Estreou em meados de 2003 no lugar da série anterior.

Flashman nascia há 30 anos de uma marca da mais famosa guerra da história da humanidade

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O Comando Estrelar Flashman

Dentre as séries japonesas de tokusatsu exibidas no Brasil, uma das que tenho profundo carinho é o Comando Estrelar Flashman (Choshinsei Flashman no original). O clássico exibido pela saudosíssima Rede Manchete me prendia atenção quando era pequenino e até hoje, quando revejo, fico arrepiado com toda a dramaticidade da série. Isso pode ser uma característica comum entre os programas japoneses da época, mas Flashman tem algo especial, ímpar e carrega toda uma construção significativa.

A concepção da obra veio graças ao produtor Takeyuki Suzuki. Foi no início da primavera de 1985 quando ele começou a idealizar a série que substituiria Changeman (que estava no ar apenas dois meses na programação da TV Asahi). O que é normal esse planejamento nesse época do ano para a Toei Company. Junto com o roteirista Hirohisa Sôda, Suzuki decidiu que o contexto do próximo esquadrão seria sobre os órfãos japoneses abandonados na China no fim da Segunda Guerra Mundial, e que buscavam conquistar novamente a sua pátria nos anos 80. Assunto que ainda era muito discutido na mídia local. Os tais órfãos sofreram diferenças culturais ao voltar ao Japão décadas depois.

- Há 15 anos estreava o Invasão Anime, bloco da Fox Kids

Foi daí que Suzuki resolveu usar isso de forma simples e limitada para os padrões de um programa voltado ao público infantil, afim de ensinar aquela geração - que vivia em tempos de paz - sobre o sofrimento da guerra de seus compatriotas. Os órfãos foram representados por cinco crianças terrestres que foram raptadas por caçadores espaciais e que voltariam duas décadas depois para vingar e procurar suas respectivas famílias. Durante esse período os jovens foram treinados com poderes e habilidades especiais.


As belas Yoko Nakarura (Sara) e Sayoko Hagiwara (Néfer) nos bastidores

Entre o elenco principal, apenas Kihachirô Uemura (Dan/Green Flash) foi escolhido numa audition. Tôta Tarumi (Jin/Red Flash), Yasuhiro Ishiwata (Gô/Blue Flash), Yoko Nakamura (Sara/Yellow Flash) e Mayumi Yoshida (Lu/Pink Flash), foram escolhidos já que eles haviam participado em outras produções da Toei. Segundo Tarumi, ele foi chamado para uma seleção de elenco - que jamais aconteceu. Encontrando os demais colegas, ali já havia sido definido o casting e até suas respectivas cores. Nenhum deles fazia ideia do que aquilo se tratava. Nem eles imaginavam que seria mais um Super Sentai. As primeiras cenas gravadas no estúdio de Oizumi foram da transformação. Aquelas onde o Visor Combate (Shut Goggle no original) de cada herói é fechada. Sem contar as cenas em chroma key. Esses materiais foram rodados praticamente após a "seleção" dos atores.

Nos bastidores, o talentoso ator Yutaka Hirose pensava que seria o líder do grupo. Mas foi escolhido para interpretar o vilão Wandar. A partir daí Hirose viveria outros vilões marcantes nas séries Super Sentai. Mais curioso ainda é como Koji Shimizu deu a vida ao inesquecível Dr. Keflen. Recebendo o convite da Toei por telefone, o ator ficou receoso por ser mais um vilão cômico (já que trabalha com papéis dramáticos). Mas seu filho, que é fã dos esquadrões multi coloridos, o incentivou a participar. Sabe aquela frase em que Keflen grita no último episódio "Adeus, Flashman! Adeus, planeta Terra!"? Então, foi uma alteração de script feita pelo próprio Shimizu, que se entregou ao personagem ao longo das gravações. Koji Nakata também ficou com um pé atrás no começo. A atriz Atsuko Takahata (a Kilza em Jaspion) ajudou a convencê-lo de ficar com o papel de Kaura, o Caçador das Trevas. Nakata trabalhou junto com Hirose na série Liveman como o vilão Bias. Já Yoshinori Okamoto apareceu na reta final, devido a um acidente que sofreu após o fim das gravação de Changeman, onde interpretou o Pirata Espacial Buba. Okamoto foi Galdan, o parceiro de Kaura. Bem, Sayoko Hagiwara, a Néfer, não teve problemas, pois conhecia o gênero Super Sentai através da série Dynaman, onde viveu a Dyna Pink, sem contar que antes foi a heroína Yullian em Ultraman 80 (disponível no Brasil pelo serviço Crunchyroll).

Os nomes dos vilões nada mais são que inspirações de Hirohisa Sôda, devido à férias no Egito, por onde passou em 1983. Keflen (ou Kôplen, segundo o livro Flashman - Manual Perfect) era uma referência ao faraó Kéfren, irmão menor de Kéops e autor da construção da segunda maior pirâmide do Egito. Néfer era Neferkare, um nome importante reis do antigo Egito do "período negro" nas margens do rio Nilo. Ao contrário do que muitos podem pensar, La Deus não foi inspirado no Criador, mas sim uma escolha da produção. Wandar (Wanda no original) e Kaura não tem nenhum significado, porém foram seus nomes tem influência egípcia. Bem como os monstros da semana.


A épica luta entre Kaura e Red Flash foi o ponto alto de Flashman

Voltando sobre o conceito dos heróis, os atores faziam suas apostas para saber quem seria o filho do casal Tokimura. A dupla Suzuki/Soda tinham uma carta na manga para os personagens. Ou melhor, uma dose letal de sofrimento. O efeito anti-Flash que sofreram por passarem muito tempo fora da Terra. Esse efeito nada mais representava que a rejeição e o preconceito que aqueles órfãos japoneses da guerra sofreram no passado, por voltaram para a terra natal. Os escritores foram contra a ideia por ser cruel demais, mas Suzuki insistiu até o fim. Em vez de cair (como se pensava nos bastidores), a audiência aumentou. Isso só reforçou a conquista de audiência desde o começo da segunda metade do programa - que superou os índices de Changeman. Aliás, o Esquadrão Relâmpago é o sétimo sentai mais visto, enquanto Flashman é o sexto. Falando em Changeman, a série só conseguiu a marca de 55 episódios (cinco a mais que o planejado) devido ao atraso de produção de Flashman. Inicialmente estava programado para estrear em 1 de fevereiro de 1986, mas só foi lançado em 1 de março. Na faixa das seis da tarde de sábado da TV Asahi.

Foi a partir de Flashman que aquele padrão de esquadrão carismático foi quebrado. Não que eles não tivessem. Pelo contrário, eles tinham e com um toque diferente que cativava a quem acompanhava a saga dos guerreiros. O tom de seriedade levou a outros sentais como Maskman, Liveman e outros a seguir o mesmo caminho. Flashman gerou uma das batalhas mais emocionantes do tokusatsu. A famosa luta de Red Flash contra Kaura em meio a um belíssimo pôr do sol. Por si só superou outra luta memorável, o duelo final entre Dragon e Buba em Changeman. Lutas como essas jamais tivemos igual em Power Rangers (por motivos óbvios). Uma curiosidade sobre esse episódio é que após a épica batalha, originalmente o cenário volta ao tom cinzento da praia. A Toei corrigiu esse detalhe para um tom alaranjado. Mas condizente ao entardecer. O resultado pode ser visto no DVD oficial lançado pela Focus Filmes em 2011, e é uma boa pra quem gosta de analisar e comparar cenas.

Flashman é uma série a ser apreciada além do saudosismo. Mais que lembranças de um tempo dourado, os heróis devem ser reverenciados pela idealização que lhes deram origem. Uma grandiosa obra que não deve jamais ser vista como uma mera série infantil ou se resumir a mais um clássico. Flashman é muito mais do que isso e nem todos os elogios seriam suficiente pra descrever esta maravilhosa obra.

Goku teve sua luta humilhante em Dragon Ball Super

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Goku perdeu vergonhosamente para o Freeza alternativo

O que aconteceu com o Goku no episódio deste fim de semana em Dragon Ball Super? Desde o começo da primeira luta do torneio de artes marciais ele estava estranho. O saiyajin parecia não ter muita força pra lutar. Deu pra notar logo em sua primeira luta, com o urso Botamo (que parece mais uma versão bruta do Pooh). Não lutou o suficiente e usou apenas movimento corporais pra jogar o bichão para fora do ringue. Nos primeiros instantes da luta, Goku tinha dito que havia comido muito churrasco. Tudo bem, é uma pitadinha de humor do Akira Toriyama e dá pra levar de boa.

Goku teve que enfrentar Frost, que ficou conhecido por ele e seus amigos como "Freeza do Sexto Universo". Apesar da aparência e da voz ser a mesma (do seiyu Ryusei Nakao), Frost é totalmente oposto de sua contraparte do Sétimo Universo. Apesar de que tem duas transformações finais. A primeira com uma forma bem jurássica (que foi bem engraçado) e outra mais próxima da versão clássica que vimos em Dragon Ball Z. Fora isso, Frost é um herói que já salvou pessoas de seu mundo e já interviu em guerras.

Só que o mais esquisito foi na hora da luta. Goku hesitou em lutar por seu oponente ser uma pessoa valorosa e perdeu para Frost de uma maneira ridícula.Tudo bem perder uma vez ou outra. Mas hesitar? Jamais, e isso não é o jeito do Goku. Goku é um Saiyajin que derrotou inimigos poderosos como o androide Cell, o demonio Majin Boo e o próprio Freeza com muito esforço e persistência. O que aconteceu neste episódio com o herói que conhecemos? Não dá pra entender e isso não fica bem para um guerreiro de força descomunal como ele.

Só resta agora ver como Piccolo irá se sair contra Frost.

Ultraman Ginga estreia na Crunchyroll; mas Brasil fica de fora da lista

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Uma notícia boa e outra ruim sobre a Família Ultra na Crunchyroll. A boa é que as séries Ultraman Ginga e Ultraman Ginga S foram adicionadas às cinco da noite desta terça (1) pelo horário do pacífico americano, no serviço oficial das séries japonesas em streaming.

A notícia ruim é que Tsuburaya, infelizmente, não liberou as duas séries para a Ásia e principalmente para a América Latina. Ou seja, o Brasil fica de fora da lista de países que recebem estas duas séries de forma oficial/legalizada e fica impossível de acessar os episódios, mesmo que seja pela versão americana e britânica do serviço (por limitação de região). O que é uma pena, pois Ginga e Ginga S era uma das séries mais esperadas para serem lançadas através deste formato. Uma bola fora da distribuidora (e não da Crunchy que sempre transpareceu interesse de expandir este tipo de mercado).

Ginga e Ginga S foram exibidas respectivamente em 2013 e 2014, ambas como parte do programa Shin Ultraman Retsuden, da TV Tokyo. O protagonista é o jovem Hikaru Raidou que retorna para sua cidade natal e descobre uma série de ataques de monstros. Hikaru recebe o poder do Ultraman Ginga para defender a Terra das mãos das criaturas. O clímax aumenta em Ginga S com a chegada do herói Ultraman Victory. A equipe anti-monstros das duas séries é a UPG (Ultra Party Guardians). O enredo introduziu os elementos Spark Dolls, que mais tarde foram utilizadas na série Ultraman X (disponível na versão brasileira da Crunchyroll).

Ultraman Ginga e Ultraman Ginga S renderam três filmes no cinema japonês entre 2013 e 2015 e tais títulos também permanecem inéditos no Brasil até o momento, como é o caso das duas séries de TV. Uma pena.

Tokusatsu no Brasil: é hora de juntos ajudarmos o novo mercado nacional dos heróis japoneses

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Ultraman Mebius e Ultraman 80 (Eighty), dois dos heróis títulos no Brasil via streaming

No ano passado eu escrevi vários posts aqui no blog sobre as séries de tokusatsu que estão chegando via streaming no Brasil. É bem verdade que o mercado é promissor e só tende a ser mais evidenciado futuramente para vários nichos. Desde os mais ávidos por cinema, séries americanas, até os animes. Não dá mais pra fugir da nova mídia digital que é uma realidade e sucesso no atual mercado mundial. Pra quem não sabe ainda, no Brasil uma nova leva de séries de tokusatsu já está sendo preparada para invadir os serviços de TV por internet e alguns títulos já começaram a ser veiculados. 

A Sato Companyé a licenciadora local que está investindo em séries clássicas como National KidJaspionChangemanFlashmanJiraiyaJiban, além da série inédita Garo (de 2005) para estrear em breve no catálogo da Netflix. Antes dessa turma chegar, a Família Ultra já está há algum tempo por aqui com títulos inéditos na TV Brasileira através de séries na Crunchyroll e mais sete filmes que estão no ar na Netflix. Sem contar com outras mídias como o mangá ULTRAMAN que está sendo publicado pela Editora JBC. Ampliando as opções do leque, podemos encontrar tokusatsus nipo-americanas como a franquia Power Rangers e seus spin-offs.

Com tantos títulos bombando agora e chegando por aqui no futuro não dá mais pra ficar sonorizar o negativista "ah, não temos mais tokusatsu no Brasil" ou o pessimista "tokusatsu jamais irá voltar ao Brasil". A realidade de hoje não é mais a mesma de dez anos atrás. Os tempos mudaram. Tanto as empresas locais quanto os grandes estúdios que produzem as séries e filmes do estilo investem para que tal título dê retorno financeiro. Afinal de contas, a nossa audiência pode dar uma resposta: se os fãs de tokusatsu realmente consumem as séries via streaming e se são presentes/cadeiras cativas. Esse termômetro pode indicar a chegada de mais séries do gênero que pode atravessar o nosso nicho e atingir novos públicos. Por que não? Se a gente pensar por um outro ângulo, é até uma forma de gratidão às produtoras que sempre que trabalharam para nos dar entretenimento.

Assim como em países como EUA, o Brasil deve seguir o mesmo exemplo das fansubs estrangeiras: de excluir os links de títulos com direitos ativos em suas respectivas regiões. Só assim, o foco da audiência poderá ser ampliado e não haveria paradoxo de escolha. Nem vale mais a desculpa de "posso baixar" e "assistir no YouTube" pois isso deixa qualquer empresa no vermelho e isso não é bom nem pra elas que produzem e nem pra nós fãs que assistimos (e sempre pedimos pra ter tokusatsu oficial no Brasil).

Estamos num momento único que jamais imaginamos igual nos tempos do tokusatsu na TV brasileira nem mesmo na década passada com o advento da internet. Isso pode ser um ponto de partida para um boom do tokusatsu no Brasil. Independente de qual seja o resultado, temos que fazer a nossa parte. Nos unirmos, sermos otimistas, fieis e acreditar no potencial do sucesso do tokusatsu. E essa lição aprendemos com os nosso lendários heróis e temos que pôr em prática desde já. Por mais simples que seja. Se depender da união de todos os tokufãs brasileiros, podemos fazer a diferença, ajudar o mercado das séries japonesas que tanto amamos e ganharmos um novo filão de séries inéditas. Quem sabe um dia pode pintar um tokusatsu com o selo "Original Netflix" ou algo parecido, né? Só e somente assim vamos alcançar um antigo sonho de todos nós: o reconhecimento do tokusatsu na mídia brasileira. Quem desiste não faz história.

Fica o convite para toda a comunidade tokunet brasileira fazer a diferença e ajudar o tokusatsu a crescer no Brasil assistindo os tokusatsus licenciados através dos streamings oficiais. Vamos juntos explodir a chama dos heróis japoneses e mostrar que o tokusatsu tem potencial sim.

Zyuohger vai salvar o Super Sentai da crise de infantilidade?

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O quinteto da atual "temporada" dos Super Sentais

Há alguns dias falei por aqui que Zyuohger tem uma difícil tarefa de não deixar a peteca cair, como foi o caso dos dois Super Sentais anteriores - ToQger e Ninninger. Como a gente sabe, o último citado foi um fracasso de audiência e também em vendas de brinquedos no Japão.

A série está em seu terceiro episódio e aos poucos vem me surpreendendo. Torço pra que não caia no mesmo patamar de outros Sentais recentes que começaram bem, tiveram uma infantilizada bruta e voltaram a melhorar na reta final. Um exemplo a citar foi Goseiger. Não fiquei tão animado no primeiro episódio de Zyuohger (não que tenha me decepcionado), mas a partir do segundo a história e os personagens me contagiaram.

Sendo mais específico, Yamato Kazakiri (Zyuoh Eagle) se mostra um bom líder e sério. Não via um Red desse nível desde Go-Busters e fez muita falta nos últimos três anos. Kazakiri pelo visto está bem longe de ser um gasguitão como Takaharu/AkaNinger de Ninninger. Antes tarde do que nunca, a Toei acertou a mão desta vez. Gostei muito mesmo do Tusk (Zyuoh Elephant) pelo seu jeitão de rival. Aliás, gosto de personagens assim, pois dão um certo movimento às tramas e ficam mais evidenciados. Ás vezes ajudam na trama, ás vezes não. Com ele deu pra sentir uma diferença bacana. Lembra um pouco o Hikari/ToQ 4-gô de ToQger (que foi um dos poucos personagens legais daquela série). Leo (Zyuoh Lion) parece ter um humor mais equilibrado. Mas fiquei mais encantado pela graciosidade das garotas Sela (Shark) e Amu (Tiger). Sobre os Deathgalien, estão num bom nível de vilania e podem surprender com o tempo. É bom prestar atenção neles pois podem garantir ótimos trunfos e surpresas na história.

Zyuohger está mandando bem e qualquer infantilidade excessiva pode estragar a qualidade do programa. São feitas pro público infantil? Sim? Tem algumas gracinhas pra agradar as crianças? Tem. Mas eu espero que Zyuohger amadureça com o passar dos episódios e consiga manter o nível. Ou melhor, que eleve. Se vai realmente vingar ou se vai ser um sucesso de produtos, depende muito do empenho da Toei Company e do roteirista principal Junko Kômura pra manter um roteiro digno de um comemorativo de 40 anos da franquia. E vou torcer pra que Zyuohger consiga superar os problemas que marcaram os Super Sentais nos últimos anos. É o tipo da coisa: Que Super Sentai seja infantil, mas que não caia na retardação. É assim que Zyuohger deve ser.

Revisitando os Ultra filmes no Brasil #1 - Tiga & Dyna: Os Guerreiros da Estrela da Luz (1998)

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Dyna em sua primeira aparição no cinema

A partir de hoje, semanalmente às sextas-feiras deste semestre, apresentarei no blog esta seção especial. Postarei aqui resenhas sobre os filmes da Família Ultra lançados no Brasil em home-vídeo pela Focus Filmes e que muitos desses podem ser encontrados facilmente em streaming via Netflix. Nada melhor do que comemorar o aniversário de 50 anos do Ultraman comentando e divulgando esta maravilhosa franquia que vem me encantando há um certo tempo.

Começo falando sobre Ultraman Tiga & Ultraman Dyna: Os Guerreiros da Estrela da Luz. O filme estreou nos cinemas do Japão em 14 de março de 1998, durante a exibição da série Ultraman Dyna na emissora japonesa TBS (a mesma que exibiu várias outras séries da franquia até meados dos anos 2000). Nos anos 90 a Tsuburaya lançou outros filmes de Ultra como Ultra Q The Movie: Legends of Stars (1990), Ultraman Zearth, Revive! Ultraman (ambos de 1996) e Ultraman Zearth 2: Superman Big Battle - Light and Shadow (1997). Mas este filme de Tiga & Dyna ajudou a vitalizar a franquia Ultra nos cinemas, assim como na TV.


O herói Asuka e sua parceira Mai

A história se passa entre os episódios 26 e 27. O filme começa quando a Super GUTS luta contra o monstro Geranda na Lua. Para ajudar a equipe (como sempre), aparece Ultraman Dyna que tem seus poderes resistidos pela criatura. Quando parecia não haver solução, Dyna é salvo por um navio de guerra espacial que desferiu um terrível feixe de luz contra Geranda. Ao voltar para a Terra, a Super GUTS se reúne na base secreta da ilha Coreomoes (que pode ser vista na série Ultraman Tiga) e descobre que o tal navio foi construído pela TPC. Batizado como Prometheus, a nave projetada pela Dra. Kisaragi possui uma devastador canhão chamado Neo-Maxima - que nem mesmo o Ultraman pode deter tamanha força. Seu potencial supera também os humanos, uma vez que sua força é gerada por ondas cerebrais. Apesar de sua arrogância, Shin Askua (o alter-ego de Dyna) teme o poder de Prometheus. Mas decide manter sua determinação de combate em defesa da Terra, uma vez que foi escolhido pela luz. 

No decorrer do filme, Geranda reaparece e luta contra Dyna. É nesse momento que Prometheus é tomado pelos Alien Monera que revelam possuir a mente de Kisaragi e transformam a nave no robô Deathfacer, aumentando o poder de prever os ataques do Ultraman. Derrotado pelos Monerianos, Asuka não tem outra escolha se não tentar descobrir como Tiga, o antigo gigante de luz, venceu a batalha final contra os monstros. Para isso, a Capitã Megumi Iruma reaparece e entra em ação contra o novo invasor.


Deathfacer, a terrível arma letal

Apesar do filme ter um pouco mais de uma hora, Tiga & Dyna: Os Guerreiros da Estrela da Luz é um filme divertido. Não precisa acompanhar a série para assistir. É mais um filme de tokusatsu que não faz ligação direta com a exibição regular na TV, apesar de ser canônico. O filme tem momentos de tensão que exigem maior reflexão do herói como defensor da humanidade. Ao invés de ter a serenidade de Daigo Madoka - o hospedeiro de Tiga, Askua é temperamental e explosivo. Porém possui um senso de justiça elevado.

Metade do filme parece ser um episódio estendido de Dyna que apela (propositalmente) para uma sequencia de Tiga. O título chama atenção pela volta de um dos maiores e melhores heróis da história do tokusatsu. Durante o filme, há breves referências da luz de Ultra que ajudou na luta contra o mal no passado (Detalhe: os eventos de Ultraman Dyna começam cerca de dez anos após o final de Ultraman Tiga). A humanidade mais uma vez precisa ajudar a si mesma para que os Monerianos sejam dizimados.

Tiga aparece de uma forma triunfal. Melhor talvez impossível (a considerar as expectativas da época). Porém a luz revive apenas a figura do gigante de Tiga no momento de súplica. Infelizmente o ator Hiroshi Nagano não aparece para voltar a interpretar o alter ego de Tiga. Mas o restante do elenco fixo da série retorna num momento oportuno e especial, o que é simples e marcante para os mais nostálgicos. Tiga & Dyna: Os Guerreiros da Estrela da Luz serviu não apenas como um mero crossover, mas também para acrescentar a mitologia daquele determinado multiverso futurístico distante dos Showa Ultramen (do original ao 80 [Eighty]).


A atriz Aya Sugimoto como Dra. Kisaragi e Rainha Beryl (de Sailor Moon)

A título de curiosidade, Hiroshi Tsuburaya, o falecido neto de Eiji Tsuburaya (o pai dos Ultras) e famoso por interpretar o Policial do Espaço Shaider (de 1984), aparece como o Staff Seiji Miyata. Um personagem secundário da série de TV que atua na alta cúpula da TPC. Tsuburaya aparece em toda a trilogia dos Heisei Ultramen (Tiga/Dyna/Gaia). Ainda sobre isso, tanto neste filme como na série Ultraman Dyna podemos ver o ator Joe Onodera - filho do saudoso mangaká Shotarô Ishinomori - como o oficial Tsutomu Nakajima. Onodera é um rosto conhecido de algumas séries clássicas da Toei exibidas no Brasil como Kamen Rider Black RX, por exemplo.

Outro destaque vai para a atriz e cantora Aya Sugimoto como Dra. Kisaragi. Ela é conhecida no mundo dos animes e dos tokusatsus nas versões live-action de Sailor Moon e Jigoku Shojo, respectivamente como Rainha Beryl e Hone Onna. Também trabalhou em Ultraman Cosmos 2: The Blue Planet e Kamen Rider W Forever: A to Z/The Gaia Memories of Fate. E Hironobu Kageyama (conhecido por cantar temas de abertura de Changeman e Dragon Ball) interpreta o tema principal do filme, "SHININ' ON LOVE". Kageyama também canta o segundo tema de encerramento da série de Dyna, "Ultra High", ainda como integrante da banda Lazy.


Em agosto de 2011, Ultraman Tiga & Ultraman Dyna: Os Guerreiros da Estrela da Luz foi lançado no Brasil em DVD pela Focus Filmes, junto com o filme Ultraman Tiga & Ultraman Dyna & Ultraman Gaia: A Batalha no Hiperespaço (de 1999). Ambos os filmes foram lançados num pacote que trazia sete filmes (sendo cinco inéditos e mais dois relançamentos) de Ultraman durante o segundo semestre daquele ano. A dublagem ficou a cargo do competentíssimo estúdio Dubrasil, de Hermes "Seiya de Pégaso" Baroli, que é conhecida por unir elencos de dubladores de Rio e São Paulo. É preciso que se diga que Hermes originalmente estava escalado para fazer o papel de Asuka quando a Mundial Films planejava exibir a série televisiva de Dyna no Brasil. Na época ele passou uma temporada de três anos dublando no RJ. Aliás, não somente ele, mas a maioria dos dubladores dos demais membros da Super GUTS fariam os respectivos personagens na série (caso a dublagem fosse investida como era pra ser). Márcio Seixas, por exemplo, emprestaria sua voz para o Comandante Hibiki. Vale lembrar que o mesmo elenco de dublagem de Ultraman Dyna trabalhou anteriormente no filme Ultraman Tiga: A Odisseia Final, lançado por aqui em 2006 pela Impact Records.

O elenco original de dublagem de Ultraman Tiga também foi mantida. Porém, Luciana Baroli, que é relativamente nova na dublagem, interpretou Mai Midorikawa. Este é o seu segundo trabalho em tokusatsu. Seu primeiro papel foi da sacerdotisa Umi Sayonji em Ryukendo. Atualmente sua voz pode ser ouvida em Power Rangers Dino Charge como a vilão Poisandra. Além de outros trabalhos como no filme CG do Capitão Harlock, entre outros. Outro nome em destaque fica para Marli Bortoleto (a primeira eterna voz de Sailor Moon) como Kisaragi. Interessante é que apesar de Daigo não aparecer no filme, Eduardo Borgerth teve seu nome nos créditos de dublagem. Merecida homenagem. 

Ultraman Tiga & Ultraman Dyna: Os Guerreiros da Estrela da Luz pode ser assistido pelos assinantes da Netflix, onde está disponível desde 15 de dezembro de 2014. Um dos títulos oficiais de tokusatsu no Brasil nos últimos tempos (especialmente pra quem acha que não há opção do estilo no Brasil).

Mordomo de Preto é uma digna adrenalina a ser prestigiada nos cinemas brasileiros

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Mordomo de Preto está em cartaz no cinemas do Rio de Janeiro

A Sato Company está voltando a apostar no ramo de séries e filmes japoneses no mercado brasileiro. E uma dessas "fichas" que está sendo lançada atualmente é o filme Mordomo de Preto (Kuroshitsuji em japonês; Black Butler na romanização oficial em inglês), que está em cartaz desde o último dia 3 de março nos cinemas do Rio de Janeiro, precisamente no Cine Joia dos bairros Copacabana e Jacarepaguá. O filme também se encontra disponível no catálogo da Netflix desde 15 de junho de 2015.

Baseado na série de mangá/anime da autora Yana Toboso, a produção conta com o cenário japonês do ano 2020 (originalmente se passa na Inglaterra, século XIX) e gira em torno de Genpô Shiori, também conhecida como a aristocrata Genpô Kiyoharu (Ayame Goriki), que teve seus pais assassinados e passou a assumir identidade masculina para liderar o posto da família. Afim de vingar a morte de seus país, Kiyoharu contrata o demônio Sebastian Michealis (Hiro Mizushima), que atua como seu mordomo fiel, em troca de sua alma.

O filme carrega elementos urbanos, empresariais e aborda o tema sobre máfia/terrorismo de forma apropriada. Kiyoharu e Sebastian são convocados para trabalhar numa investigação sobre uma organização criminosa que inicialmente vitima seus alvos com mumificação e passa a trabalhar com a fabricação de uma droga letal capaz de ameaçar a existência da humanidade. Tal caso pode ter alguma ligação com interesses pessoais no passado da família Genpô.

Mesmo para quem não é aficionado pela cultura pop japonesa, Mordomo de Preto atrai atenção pelas suas sequencias de ação e uma elaborada linha investigativa que leva a várias pistas e surpreendentes revelações. Uma falha a ser apontada seria inclusão de diálogos em meio à plena linha de fogo. Mas esse detalhe é o menos importante e não chega a atrapalhar o desenrolar. Aliás, tais diálogos são imprensindíveis para acrescentar o teor do enredo. Com adrenalina e drama bem equilibrados, o longa passa rápido e deixa um gostinho de "quero mais".

Produzido pela Warner Bros., Mordomo de Preto estreou nos cinemas do Japão em 18 de janeiro de 2014 e contou com o excelente trabalho dos diretores Kentarô Ôtani e Keiichi Sato (este último trabalho em Os Cavaleiros do Zodíaco: A Lenda do Santuário). O astro principal é Hiro Mizushima, mais conhecido no universo tokusatsu como o Kamen Rider Kabuto da série homônima da Toei Company de 2006. Vale reparar na interpretação de Mizushima  que deu um tom mais sarcástico e sombrio do que o famoso "Minha vó dizia que...". A atriz Ayame Goriki também brilhou no meio tokusatsu na adaptação cinematográfica de Gatchaman, em 2013. Outro destaque vai para o ator Masatô Ibu (como Kuzo Shinpei) que já trabalhou em filmes de tokusatsu como Sukeban Deka, Godzilla vs. Megaguirus, Godzilla Final Wars, Tetsujin 28-gô e em alguns animes importantes como Patrulha Estrelar (1973) e The Ultraman (1979). Curiosamente o ator Ken Kaitô aparece diversas vezes em flashbacks e está no elenco principal da série Atelier (o primeiro J-drama original da Netflix).

Infelizmente, pelo menos para os mais insistentes, Mordomo de Preto não possui dublagem brasileira. O próprio licenciador Nelson Sato, em entrevista exclusiva ao portal Jbox, explica que teve problemas financeiros com este tipo de custeio (que é caro sim) e que tinha o desejo de inserir o áudio em português. Há de ser considerado o provável fator crise do qual o Brasil ainda enfrenta. Independente disso, não é desculpa de não prestigiar a produção que está e exibição oficial no Brasil em streaming e agora nos cinemas cariocas. Mordomo de Preto vale cada centavo e imagino que a emoção nas telonas deve ser bem maior do que em casa. Quem sabe mais filmes japoneses possam ser evidenciados com o tempo. E é isso mesmo que a Sato Company pretende com um novo filão que inclui títulos como Garo, por exemplo. Se depender da boa vontade do público, claro.

Frost é um guerreiro apelão e pode mudar o rumo de Dragon Ball Super

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A contraparte de Freeza do Sexto Universo

O clima começa a esquentar em Dragon Ball Super com as ações de Frost. Mais conhecido como o "Freeza do Sexto Universo", ele conseguiu enganar a todos com o seu ar heroico de moço bom. Por si só mostra que é um adversário à altura de sua contraparte do Sétimo Universo, que foi morto duas vezes por Goku.

O Saiyajin perdeu de forma tosca que o deixou adormecido por uns instantes. Piccolo seria a próxima vítima, mas visivelmente lutou com mais vigor do que Goku. Em parte, a determinação do Namekuseijin se justifica pelo desejo em derrotar o oponente do outro time. Mas nem Goku nem Piccolo perceberam que Frost escondia uma carta na manga. Uma agulha sonífera em seu próprio corpo. O que é uma trapaça para as regras do torneio.

Frost é o inimigo que Dragon Ball Super precisava, por mais trapaceiro que seja, e sua atuação no episódio deste domingo (6) foi oito mil vezes melhor do que os remakes dos dois últimos filmes de Dragon Ball Z. Agora com a vitória de Piccolo renunciada, quem vai enfrentar Frost será Vegeta. Quem acompanha DB há longa data sabe que Vegeta não é de sossegar fácil quando se trata de uma boa luta e por si já deixa uma grande expectativa para o espectador. E não duvido se surgir uma brecha para Frost estragar o torneio e querer dominar os dois universos. Isso deverá ser bem divertido se assim acontecer.

Revisitando os Ultra filmes no Brasil #2 - Ultraman Gaia: A Batalha no Hiperespaço (1999)

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Gaia em sua primeira aventura no cinema

Este pode ser tido como o filme mais infantil da Família Ultra a vir ao Brasil. Mas Ultraman Tiga, Ultraman Dyna & Ultraman Gaia: A Batalha no Hiperespaço pode ser encarado como um típico título de Sessão da Tarde. Não precisa o espectador saber tudo sobre a série Ultraman Gaia (1998~99) e muito menos de Ultraman para assistir. É simples e um tanto curioso para os padrões da franquia dos heróis gigantes.

+ Mordomo de Preto é uma digna adrenalina a ser prestigiada nos cinemas brasileiros

+ Revisitando os Ultra filmes no Brasil #1 - Ultraman Tiga & Ultraman Dyna: Os Guerreiros da Estrela da Luz

A história começa quando Gamu Takayama - o alter-ego do herói - enfrenta seu próprio sósia, que revela ser o monstro Satanbizor. No momento ápice da batalha, a cena é interrompida e logo somos apresentados a uma realidade parecida com a nossa (de telespectador). O protagonista do filme é Tsutomu Shinsei, um pequeno estudante de dez anos que é fã dos Ultras, especialmente do Gaia (o então herói vigente, é claro). Um dia Tsutomu encontra uma esfera vermelha que lhe concede qualquer desejo. O garoto confia esse segredo para seu melhor amigo Yu Hirama e a novata Lisa Nanase.

A situação fica complicada quando a esfera é roubada por uns bad boys da escola e invocam o monstro Satanbizor para o "mundo real". Nesse momento Tsutomu se vê em desvantagem e faz o seu pedido: de conhecer Gamu Takayama, o Ultraman Gaia da série homônima da TV. Após salvar a cidade, uma série de anomalias e fenômenos paranormais ocorrem em volta das pessoas do convívio de Tsutomu, incluindo até mesmo o seu admirado herói.


Ultraman Gaia se passa em um multiverso diferente dos Showa Ultramen e de Tiga/Dyna. A concepção de multiverso se tornou uma característica de Ultraman anos depois com a série Ultraseven X (previsto para estrear no Brasil em 1 de abril pela Netflix) e do filme Ultraman Zero: A Vingança de Belial (disponível em home-vídeo e streaming). O filme é uma ideia do que talvez a Tsuburaya já planejava para as próximas produções. Gaia pode ser uma grande referência disso por ter o mesmo desejo de Guliver em querer viajar por diferentes mundos. Ponto mencionado no filme, inclusive. 

A Batalha no Hiperespaço procura unir a ficção com a realidade através de um simples desejo de uma criança em querer conhecer um herói da TV. Algo parecido vimos no tokusatsu nipo americano Big Bad Beetleborgs (versão americana de Juukou B-Fighter). Enfim, o filme diverte com situações cômicas. Consequências como uma enxurrada de crianças correr atrás de Gamu pedindo para que ele se transforme em Ultraman e coisas do tipo. Como todo filme escolar com criança, sempre tem um ou mais valentões que tocam o terror. O mesmo acontece aqui com o trio que invoca os monstros e que, sem perceber, acabam sendo dominados pelo poder das trevas. Não por isso, a esfera revela com o passar do tempo que é mais perigosa do que se pode imaginar e seu uso pode custar caro para a existência da humanidade.



Há pouca participação dos membros da XIG, e por incrível que pareça, acaba tendo uma significatividade para a motivação de Gamu na trama. Cenas de destruição são bem intensas, do jeito como deve ser sempre nos tokusatsus (com kaijus e muita maquete). A luta final de Gaia contra King of Monsé de deixar qualquer inveterado roendo unhas. Mas isso causou um problema de continuidade no filme. É que o Color Timer de Gaia pisca por mais de três minutos. A impressão que fica é que o tempo foi estendido no "melhor" estilo Akira Toriyama de contar histórias. A aparição de Ultraman Tiga e Ultraman Dyna ficou no fanservice, como era de se esperar. Foi legal vê-los em ação mais uma vez, ajudando o então novo herói da TV japonesa, mas não teve consistência alguma. Em outras palavras, foi mais um desejo de criança em momento crítico.

Apesar da boa intenção da Tsuburaya, o público não se agradou do tratamento de Tiga e Dyna no filme. Isso não tira de maneira nenhuma o mérito do enredo, que como falei acima, diverte. Além do mais, arrisco em dizer que pode ser visto como um filme para a família, especialmente ao remeter a referência ao lendário herói do passado que veio da Nebulosa M-78 para algum pai de família da velha guarda. Particularmente, apesar de não ser um dos melhores, A Batalha no Hiperespaço é um dos meus filmes favoritos do Ultraman.

Estreou nos cinemas japoneses em 6 de março de 1999. Mesmo se situando entre os episódios 26 e 27 da série de TV, o monstro Satanbizor aparece só depois do filme, mais precisamente no episódio 42.


Ultraman Tiga, Ultraman Dyna & Ultraman Gaia: A Batalha no Hiperespaço foi lançado em DVD nos EUA em maio de 2002. Os fãs brasileiros receberam o título em DVD pela Focus Filmes em 2011, através de um pacote de lançamento de outros filmes da Família Ultra. Foi o segundo filme de Ultraman a ser dublado pelo estúdio Dubrasil, do proprietário Hermes "Ultraman Dyna" Baroli.

Seu alter-ego não aparece no filme, mas trabalhou na direção de dublagem e interpretou o caça XIG Fighter e um policial abobalhado. Gamu/Ultraman Gaia foi interpretado por Fábio Lucindo, um velho conhecido do mundo dos animes como Ash Ketchium em Pokémon, Kuririn em Dragon Ball Z, Nagate em Knights of Sidonia, entre outros. Fábio voltaria a dublar o seu então novo herói de tokusatsu no filme Superior Ultraman 8 Brothers (que falarei em breve), assim como os respectivos dubladores de Ultraman.

Desde 15 de dezembro de 2014 o filme pode ser visto em streaming pela Netflix. Ainda sobre Ultraman Gaia, uma boa notícia para os fãs de tokusatsu no Brasil. É que a série de TV estreou em fevereiro no catálogo da Crunchyroll, inicialmente nas versões americana e britânica do serviço. A América Latina está na lista da Tsuburaya e a qualquer momento deste semestre a série vai pintar aqui no Brasil, junto com Ultraman Nexus. Enquanto a série de Gaia não chega em português, pode ser assistida aqui nas versões já mencionadas da Crunchy (confira as opções de idiomas no painel inferior do site). Não deixe de conferir os novos títulos de tokusatsu através dos serviços oficiais.

Em novo novo arco de Digimon tri, Jo "brilha" como o personagem mais chato dos digiescolhidos

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Jo chega à perfeição da chatice na nova saga

Assim como muitos fãs de Digimon, fiquei ansioso durante os últimos quatro meses pela estreia deste arco. "Ketsui" (Determinação), o mais novo arco de Digimon Adventure tri (crianças, não custa lembrar de novo, lê-se: "trái"; em inglês) tem um desenvolvimento longo e enfadonho. Tudo bem que um pouco de drama e momentos "kawaii" fazem parte da fase clássica. Só que em "Ketsui" a coisa ficou bem mais exagerada e a impressão é que a coisa andou por uma via parecida com alguma novela da Globo. O que deixou a qualidade aquém se comparado ao "Saikai" (Reunião), o arco anterior apresentado no final do ano passado.

Como as releases anunciaram, o foco esteve em Jo (Joe) e Mimi. Eu esperava mais da participação dos dois. Mimi se mostrou bem egoísta e precipitada num dado momento de risco. Mas quem se revelou o campeão da chatice foi Joe. Sério. Tipo, você espera um tempão por um arco empolgante e dá de cara com o dramalhão de Joe fugindo das batalhas para estudar. Tá certo que ele é esforçado, luta para um futuro melhor como adulto e tal. A indecisão de Jo foi tanta que isso se arrastou praticamente em todos os novos quatro episódios. Nem o Gomamon aguentou tamanha frescura de seu parceiro digiescolhido.

Pra quem esperava uma engrenada de deixar o espectador roendo unhas e babar o chão, vale a pena percorrer essa "via crucis" para assistir até o final. Todo o clímax perdido durante Ketsui foi compensado no último episódio lançado até o momento. Aliás, vale citar a volta dos rivais Leomon e Ogremon. Além do estranho retorno de um importante inimigo. Até agora foi mencionada sobre uma estranha força que está afetando dos Digimons e os influenciando para a invasão no mundo real. Mas o real motivo fica preso num gancho para os próximos episódios (previstos para o meio do ano). É bom prestar atenção em Meiccomon, pois aparentemente é um Digimon bobo/mimado, mas possui um potencial determinante para o que vem por aí.

Agora, fazendo justiça, Mimi e Jo são úteis quando ajudam Palmon e Gomamon, respectivamente, a alcançarem uma megaevolução de deixar qualquer fã de queixo caído. Vibrei mesmo foi com o golpe de um deles. Vocês saberão de qual estou falando quando assistirem. Outro dos poucos pontos positivos de "Ketsui" foi a nova versão da música "Seven", de Koji Wada, que entrou como o segundo tema de encerramento da série/filme. Demais.

PS: Curiosamente, até o fechamento deste post, um certa certa sub muito bem conhecida pela otakada ainda não pirateou os novos episódios. O que é ruim para quem (ainda) depende disso e bom para o novo mercado de animes. Quem assistiu em primeira mão via Crunchyroll só teve a ganhar. Os serviços oficiais estão aí (com preços irrisórios que até uma criança paga brincando) pra quem ainda está na "idade da pedra". Fica a dica amiga deste blogueiro e compare o custo-benefício. Depois não diga que eu não avisei, otakada.

A imprensa "otaku" pode sim vazar informação, desde que seja verídica

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Mangá de Hokuto no Ken está confirmado no Brasil

Semana passada aconteceu algo meio inusitado na imprensa especializada e também a especulativa "otaku" (siga em frente, Mara, please). O site Jbox havia noticiado na última quinta sobre um possível lançamento do mangá Hokuto no Ken para o Brasil. A nota não havia divulgado o nome da editora que lançaria. Possivelmente não havia uma permissão pra tal. Quem tem, pelo menos, uma noção básica sobre jornalismo deve saber como funciona esse tipo de ética. O que não é muito diferente de outros portais sérios de outros segmentos (e que não deve ser confundido com "técnica de informações ocultas").

O negócio quase pegou no dia seguinte quando o blog Mais de Oito Mil especulou que a informação seria um "vazamento" do portal de notícias. Segundo o mesmo blog, "rolaram muitas críticas após essa revelação", pelo simples fato do Jbox ter noticiado. O Jbox respondeu através de sua coluna Editocríticaàs tais reclamações.

Não digo que isso seja um "vazamento", até porque como disse acima, informações do tipo são comuns nesse e em outros segmentos, desde que haja permissão pra tal divulgação. Acredito que um portal de credibilidade não daria uma nota falsa ao léu pra se ganhar audiência. E como foi dito no editorial, tudo depende de pautas. Se há alguma informação verídica nos bastidores e há liberação para anunciar apenas o título em primeira mão, isso não é errado e não é motivo de mimimi. Muito pelo contrário, isso incentiva uma ou outra editora a ir atrás de outros títulos relacionados/semelhantes e isso pode criar uma concorrência massiva no mercado. O que na prática é muito bom e eleva os mangás em evidência.

Em tempo, segundo o portal de notícias da Crunchyroll, Hokuto no Ken deve ser confirmado até a data do evento Henshin+. Pelo visto isso está anos-luz de ser um boato. Melhor uma notícia com uma certa fidedignidade do que boatos furados que jamais se concretizam. E esta última opção já foi criticada em certas oportunidades aqui no blog.

Suspeito de Erased era mais óbvio do que parecia

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Quem acompanha o anime Erased deve ter ficado numa grande expectativa para saber quem está por trás dos assassinatos das crianças que chocaram o final da era Showa (isso na ficção). Não sei quanto a você, mas as minhas suspeitas eram bem óbvias.

Sempre suspeitei de Yashiro. Alguma intuição me dizia que ele era o assassino e digo os motivos. Ele sempre esteve próximo de Satoru Fujinuma e de sua mãe (que foi assassinada no tempo presente da trama). Além de sempre ser o primeiro a informar a ausência de Kayo Hinazuki quando não ia pra escola.

Yashiro era o tipo do cara que sabia demais e bonzinho demais para acobertar os seus planos. Por si só já dá pra levar muitas suspeitas. O vilão se revelou no episódio da semana passada de maneira, digamos, simples demais para os padrões. Deu pra acertar o bolão sem grande esforço. O grande furo de roteiro foi o fato de Fujinuma não ter prestado atenção (ou rejeitado) a possibilidade de Yashiro ser o suspeito. Sendo que seu nome estava na lista e passou despercebido pelo garoto (adulto). Bola fora.

Suspeitamos desde o princípio (Foto: Reprodução/Crunchyroll)



Novo traje do Kamen Rider original fica desproporcional para Hiroshi Fujioka

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Talvez você já tenha visto na internet as fotos do ator Hiroshi Fujioka vestindo o novo traje do Kamen Rider 1-gô(Ichigô). A vestimenta que será utilizada no filme solo do heróis nos 
cinemas japoneses em março que vem é diferente das anteriores (o Rider original teve dois visuais) e ficou mais, digamos, bombada para os padrões.

O real motivo na trama fica pro filme. Mas em parte dá pra perceber um bem curioso: o porte físico de Fujioka atualmente. O ator está com 70 anos, tem 1,80cm e está com o biotipo mais forte do que no tempo em que tinha 25 anos e atuava na como Takeshi Hongo na série original de 1971. Fujioka apareceu na coletiva de imprensa do novo filme comemorativo de aniversário do Kamen Rider vestido como o Ichigô (obviamente sem o capacete em uso) e mal dá pra ver o seu pescoço, como na foto ao lado. A impressão que fica é que o traje ficou exageradamente maior do que o próprio ator.

Bem, coisas inusitadas que acontecem em visuais de Rider e Sentai podem deixar uma boa ou má impressão à primeira vista. Mas logo logo o que vai interessar mesmo pra todos - ou pelo menos uma boa parte do público - é como a história vai se desenrolar. Particularmente espero que a Toei não faça nenhuma prezepada como vem fazendo em alguns de seus filmes. Embora isso seja mais provável e voltado para uma velha muleta chamada fanservice que só a "toda poderosa" sabe usar como ninguém.

De qualquer forma, vai ser legal ver o Fujioka em ação mais uma vez.

Revisitando os Ultra filmes no Brasil #3 - Ultraman Tiga: A Odisseia Final (2000)

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A volta triunfal de Tiga nas telonas

Após uma fase onde a Tsuburaya tentava solidificar sua maior franquia, em setembro de 1996 surgia na TV japonesa a série Ultraman Tiga. Um acerto em cheio da produtora que conseguiu chamar atenção do público infanto juvenil com boas doses de drama, romance e suspense. O sucesso rendeu uma continuação direta - Ultraman Dyna (1997~98), que gerou um crossover com seu antecessor no cinema. Ambos os heróis voltariam mais tarde no filme de Ultraman Gaia (1998~99). Mas o público japonês queria mesmo era ver uma volta triunfal de Tiga e que não fosse apenas mais uma mera participação especial.

Seis meses depois do final de Gaia na emissora TBS, um novo filme da franquia foi lançado nos cinemas do Japão, em 11 de março de 2000. E desta vez era prometido algo digno da série do Guerreiro da Luz. Ultraman Tiga: A Odisseia Final se passa dois anos após o fim da série (portanto, algum tempo antes dos eventos de Ultraman Dyna). A equipe da GUTS fica ciente da identidade do gigante, que usou Daigo Madoka como hospedeiro. Agora o jovem está noivo de Rena Yanase, sua parceira de equipe, e os dois tentam levar uma vida comum longe das lutas contra monstros e seres espaciais.


A vilã Kamilla atormentado Daigo

O estopim da então nova aventura se dá quando a Capitã Iruma investiga ruínas da recém encontrada ilha Ruruie e descobre três estátuas que são da mesma linhagem do gigante de Tiga. Os três gigantes - Kamilla, Hyudra e Dahram - despertam e iniciam os seus planos de dominar a Terra com o poder das trevas. Daigo é a maior vítima, que por ser o hospedeiro de Tiga é atormentado por visões. Isso porque o gigante, outrora conhecido como Dark Tiga, é chamado para voltar a se aliar aos inimigos.

Ultraman Tiga: A Odisseia Final, além de agradar o público local da série de TV, serviu como desfecho da saga de um dos grandes heróis japoneses apresentados também na TV brasileira. E voltou em grande estilo, com os elementos que ajudaram a consagrar a série. Sem contar com a excelente trilha sonora de Tatsumi Yano. Afim de ligar a cronologia de Ultraman Dyna, os membros da futura Super GUTS aparecem para auxiliar os antigos oficiais. A última cena do filme é o ponto chave importante para a ligação das duas séries.

Não por se tratar de um filme de um herói exibido na Rede Record (que teve parcela de descaso com a série), mas A Odisseia Final é um dos melhores filmes de Ultraman já exibidos no Brasil. A Mundial Filmes tinha planos de levar esse mesmo longa para os cinemas brasileiros, apostando que Tiga tinha tudo para fazer sucesso e fazer por merecer uma popularidade que merecia. Mas infelizmente, a pedidos da apresentadora infantil Eliana (que dividia o espaço da atração em seu extinto programa), Ultraman Tiga saiu do ar no mesmo dia em que as fitas masters de Ultraman Dyna chegaram ao Brasil. O que causou desistência da licenciadora em investir no projeto (leia mais sobre o caso aqui). Tenho certeza que se a Record acreditasse no potencial de Ultraman Tiga, talvez esse filme ganhasse uma certa repercussão como aconteceu por lá com o primeiro filme do Arquivo X. Seja em lançamento nos cinemas, seja em numa exibição para a TV (que nunca aconteceu).


A equipe da Super GUTS, de Ultraman Dyna

Felizmente o elenco de dublagem de Dyna estava escalado antes da chegada do material vindo da Tsuburaya. E pudemos conferir esta formação neste filme e anos mais tarde também no filme Ultraman Tiga & Ultraman Dyna: Os Guerreiros da Estrela da Luz (1998). Em 2006, o filme A Odisseia Final foi lançado em DVD pela Impact Records, junto com Ultraman: The Next (tema da próxima resenha desta seção). Ambas tiveram dublagem do estúdio carioca Áudio News, do dublador Marco "Yusuke Urameshi" Ribeiro, que havia trabalhado com a série de TV do Tiga. Eu destaco a interpretação de Miriam Ficher como Kamilla (em japonês se pronuncia em oxítona) que deu um tom que lembra um pouco vilãs de novela mexicana. E aqui não é um exagero. Quem acompanhou o clímax do filme, poderá entender a humilde comparação.

Ambos os filmes foram relançados em setembro de 2011 em DVD pela Focus Filmes, como inclusão de outros filmes de Ultraman até então inéditos no Brasil. Desde o dia 15 de dezembro de 2014, Ultraman Tiga: A Odisseia Final pode ser conferida pelos assinantes da Netflix junto com outros filmes dos heróis gigantes da Tsuburaya. Bom para comemorar os 50 anos de Ultraman, perfeito para comemorar as duas décadas do gigante de luz.

PS: Em virtude da semana santa, a próxima resenha sobre os filmes do Ultraman irá ao ar no dia 1 de abril. Schwatch!

Toei ataca fansubs e complica a divulgação de tokusatsus

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Kamen Rider Ghost mais incerto do que nunca

A tokunet brasileira tomou um baque neste fim de semana com notificações da própria Toei Company contra links de séries de tokusatsu como Dobutsu Sentai Zyuohger e Kamen Rider Ghost. Ambas atualmente estão em exibição no Japão via TV Asahi. Até onde foi apurado, quatro fansubs brasileiras foram denunciadas pela "toda poderosa". O que é bem chato quando esta é a única alternativa que temos para acompanhar, visto que não há nenhum licenciamento de novas/recentes séries da Toei no Brasil (salvo alguns clássicos como National Kid, Jaspion, etc).

Por um lado dá pra entender o lado da Toei. Por outro é ruim pois a própria produtora investe apenas no mercado local e ainda não abriu um leque de opções para licenciamento mundial através de streamings oficiais. Coisa que a Tsuburaya vem fazendo no último ano e meio.

Mas fica uma perguntinha no ar: não seria melhor a Toei parar de restringir as séries Rider/Sentai e começar a investir em plataformas legalizados para facilitar e ampliar a divulgação de suas séries de tokusatsu? Só denunciar, mandar apagar links e manter seus títulos num iglu não resolve. Apesar destes meios serem alternativos, são suas maiores divulgadoras quando não há licenciamento. Tá na hora da Toei começar a investir nisso e fãs fora do Japão não faltam.

Apesar de ter uma posição neutra em relação à fansubs, eu me compadeço das mesmas, até porque acompanho Rider e Sentai através dos meios alternativos (e também fico prejudicado). Mas como fã que também apoia materiais licenciados, eu espero que a Toei repense as estratégias e um dia lance mais séries via streaming. Hoje em dia o simulcast tornou-se uma necessidade extrema pra quem quer acompanhar séries de anime, tokusatsu e J-dramas. Digo isso por experiência própria. Pois evita atrasos, ajuda o próprio mercado e o crescimento de audiência.

Falta essa proximidade do estúdio para com o público. Fato.

Em Dragon Ball Super, Frost vira um baita fiasco e deixa disputa contra Vegeta sem graça

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Vegeta dando uma sova em Frost

Quando saiu o preview do episódio desde domingo (20) de Dragon Ball Super eu esperava uma luta mais arrebatadora entre Frost e Vegeta. Infelizmente nem chegou a metade disso. Vegeta socou a contraparte de Freeza para fora do ringue quando ele se mostrava mais ameaçador que o vencido vilão do Sétimo Universo.

Frost até tentou agir debaixo dos panos ao tentar roubar o prêmio do torneio, mas foi impedido com muita facilidade por Hit (que tinham combinado um plano entre eles). A luta entre o Saiyajin e o "Freeza" alternativo poderia ter durado até o final desse episódio. Pelo menos Magetta, ao que parece, vai dar um trabalho para o Príncipe dos Saiyajins. Assim espero.

Faltam suspense e dinâmica em God Eater

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Tudo bem que o anime tem uma arte belíssima - de deixar olhos marejados e diferente do que estamos acostumados. É baseado numa série de video games com o mesmo nome. Tem ação, violência, temática apocalíptica, monstros horrendos e tudo mais que um bom amante do gênero procura.

Só que God Eater tem um problema. A série é sisuda demais e seu desenvolvimento não é tão atraente assim a ponto de criar situações imprevisíveis. Não é tão surpreendente (com exceção de algumas cenas sangrentas). Tudo é muito arrastado e excessivamente triste que dá sono muitas vezes (isso se você deixa pra ver animes antes de ir pra cama).

God Eater gerou uma certa expectativa nos fãs. O anime sofreu um atraso no acabamento final da produção que levou a adiar a estreia em uma semana na temporada de verão do ano passado. Os últimos quatro episódios estão em exibição no Japão (no Brasil é transmitido gratuitamente via Daisuki) e eu esperava um diferencial nesta reta final. Algo mais frenético. Dá pra entender que é o clima da trama é assim mesmo, mas o anime poderia ter ousado mais em seus elementos. Tentou ser legal, mas não chega ao top 5 dos animes do último verão e deste inverno (japoneses).

Toei não quer saber de investir tokusatsus em streamings oficiais. Isso vai ser um tiro no próprio pé

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Distribuição internacional da Toei está bem restrita

No início da semana comentei por aqui sobre o ataque da Toei Company contra as fansubs brasileiras e disse que a empresa deveria investir no seu público que existe fora do Japão. Meu amigo Danilo Modolo explicou na edição desta quarta (22) do TokuDoc News (assista o vídeo aqui) que a nossa querida e amada "toda poderosa" mandou o servidor Mega fazer uma varredura para apagar todos os links de suas séries que lá estavam hospedadas. Isso por ser uma distribuição "ilegal" na visão comercial. Quando nada mais é que uma divulgação (considerando que tais títulos não possuem direitos no Brasil) feita de fã pra fã e sem fins lucrativos.

Tem mais. Segundo fontes ligadas às plataformas oficiais, há interesse sim de lançar tokusatsus como Kamen Rider e Super Sentai através dos serviços. A própria Crunchyroll, que é bastante transparente, já mencionou sobre isso numa entrevista recente. O impasse mesmo é a própria Toei que sequer faz questão de liberar suas próprias séries originais para o mercado internacional, pelo menos através destas novas mídias.

Que a Toei tem visão de boi, a gente já sabe de cor e salteado. Isso só confirma duas coisas que a gente suspeitava (ou sabia). Primeiro: a Toei se restringe apenas no público japonês. Segundo: Power Rangers está anos-luz de ser o problema (há quem ainda acredite nesse conto do vigário batido), quando na realidade é uma opção da própria empresa japonesa. Nada a ver com americanos e muito menos com o suposto "contrato".

O mais engraçado é que a outra divisão, a Toei Animation (da logo do gatinho), investe nos animes via streaming e com transmissão simultânea. No Brasil, por exemplo, temos legalmente séries como Digimon Adventure tri, Sailor Moon Crystal, Os Cavaleiros do Zodíaco (clássico, Hades, Omega e Alma de Ouro), etc. E daí fica a pergunta: qual o problema da Toei Company (da logo do triângulo) investir suas próprias séries de tokusatsu para fora do Japão? Medo? Represália? Não dá pra entender mesmo essa burocracia toda.

Por mais que gostemos de acompanhar suas séries, ela está fadada ao prejuízo que ela mesma está criando em sua volta. Quer dizer, a Toei está perdendo uma bela oportunidade da atual acensão dos streamings e de reconhecer sua popularidade no ocidente pra tentar um planejamento estratégico de expansão de mercado. Veja bem, do seu próprio mercado. Mal sabe ela que isso daria um retorno maior do que pode ser hoje.

Por outro lado, o fato valoriza ainda mais o esforço das fansubs. Ao contrário do que alguns pensam, não tenho nada contra elas. Sou a favor quando é feita uma divulgação de uma produção quando ela não é exibida num determinado local. O que eu critiquei em algumas ocasiões foi sobre algumas delas copiar materiais licenciados no Brasil - como é o exemplo das séries de Ultraman - e disse por A mais B que isso é prejuízo banal para o próprio mercado de tokusatsu que está para vingar no país. Mas fansubs foram feitas mesmo pra divulgar um material não licenciado, como é o caso das séries atuais/recentes de Sentai e Rider. E claro, jamais deixando de incentivar a audiência de uma série e filme de tokusatsu por meios oficiais. Quer seja dublado ou legendado.

Enfim, isso não quer dizer que a Toei Company vá proibir a exibição de suas séries exibidas no Brasil e em outros países, entenda. Por aqui a Sato Company detêm os direitos dos tokusatsus National Kid, Jaspion, Changeman, Flashman, Jiraiya e Jiban. Nos EUA a Shout! Factory lançou Zyuranger, Dairanger e ainda vai lançar Kakuranger em DVD. Negociações com empresas locais como as citadas estão abertas, obviamente. A diferença é que a Toei não investe no novo e vai perder a potência do custo-benefício que os streamings oferecem com eficácia. Ou seja, nada de janela de uma hora entre o Japão e o ocidente.

Em contrapartida, a Tsuburaya está apostando forte com as Ultra Series e recebendo o retorno que ela merece. O único erro fatal dela foi em não liberar Ultraman Ginga/Ginga S para a América Latina. Ainda estou um tanto triste como fã de tokusatsu.

Erased deixa escapar uma desculpa bizarra na reta final

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O último encontro de Yashiro e seu aluno Satoru Fujinuma

O capítulo final de Erased foi ao ar nesta quinta (24). O anime é bem construído e envolvente. Agora a sua única falha está nos dois últimos episódios. É que o Professor Yashiro assumiu ser o autor dos crimes e passou a suspeitar que Satoru estava atrapalhando o seus planos vendo que ele praticamente previa os seus crimes antes de acontecerem. E nós sabemos bem o porquê. Satoru tem o poder de reviver o passado e sabia do que estava por vir. Só custou a acreditar que seu professor era o vilão. Coisa que qualquer espectador atento já suspeitava, apesar dele ter disfarçado muito bem.

Yashiro deteu o garoto afogando em seu carro. Por isso Satoru passou 15 anos em coma. Aí chegamos a tal falha. Yashiro estava com a faca e o queijo não mão. Ou seja, teve todo o tempo do mundo pra matar Satoru antes que ele recobrasse a consciência e agisse contra ele. Foi intragável a desculpa do roteiro em dizer que o próprio criminoso cuidou de seu algoz. A qualquer momento Yashiro poderia tramar a morte de Satoru debaixo dos panos e não o fez por piedade. Ou seja lá que sentimento passou por sua cabeça. Vai entender. Se fosse na vida real isso seria fato consumado, mas foi essa desculpa que manteve o protagonista vivo até aqui.

Apesar disso, o desfecho de Erased foi considerável. Frustrante mesmo é de não ver Satoru ao lado de Kayo Hinazuki. O rapaz fez estripulias pra salvá-la de todo o jeito e acabou não descolando a garota. Ela constituiu sua própria família e só. Me decepcionou um pouco. E ainda por cima, esse salto de 15 anos deixou uma lacuna enorme e os crimes poderiam ter sido solucionados lá mesmo no passado, em 1988, e poderia ser mais elaborado e instigante. Pena que se perdeu no caminho.

Bom, Erased foi um bom anime e me prendeu a atenção. O mangá original foi concluído e um gaiden será publicado a partir de junho. Vai demorar uns bocados pra ganhar uma adaptação em anime. Em tempo, foi lançado o filme live action da série nos cinemas do japão no último final de semana. Quem está estrelando é o ator Tatsuya Fujiwara, que protagonizou na versão cinematográfica de Death Note como Light Yagami e viveu o Shishio Makoto nos dois últimos filmes de Samurai X.
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