December 4, 2017, 5:41 am
![]() |
Arie em seus últimos momentos ao lado de Kei (Foto: Reprodução/Crunchyroll) |
Semanas atrás comentei sobre a parceria entre Kei Fukuide/Belial e Arie Ishikari. Ela que foi uma escritora que teve a improvável decisão de se aliar ao vilão, mesmo tendo ideia dos riscos que ela poderia sofrer. Foi uma coisa louca, mas que tinha tudo pra ser explorado em Ultraman Geed. Seria ideal se ela vingasse até o penúltimo episódio, pelo menos.
Ela foi uma escritora como disse acima. Você não leu errado. Ela foi vítima de seu próprio parceiro. Alguém em que ela jamais deveria ter compactuado. Sim, ela poderia ser vitimada a qualquer momento, como aconteceu no episódio deste sábado (2). Mas Arie poderia ter ficado mais algum tempinho e continuar ajudando Kei de alguma forma ou de outra. A escritora serviu apenas de cobaia para atrair Riku/Geed e Leito/Zero numa cilada para capturar duas cápsulas importantes.
O destino de Arie foi cruel e inesperado -- pelo menos neste exato ponto da série. Ela poderia ficar em mais dois episódios e, digamos, servir por mais tempo ao mal. Por outro lado, como todo "bom" vilão, Kei apenas aproveitou a ambição da moça para conquistar seu objetivo e descartá-la em seguida. Cena forte para os padrões atuais de programação infantil na TV japonesa e o bastante para odiá-lo.
Infelizmente Arie foi apenas um joguete nas mãos de Belial e não deu tempo para ela ter mais desenvolvimento na trama. Que pena.
↧
December 10, 2017, 9:19 am
![]() |
Kei após mais uma dura batalha (Foto: Reprodução/Crunchyroll) |
Esse foi de longe um dos melhores episódios da série. Estamos a duas semanas do final de Ultraman Geed e a cada episódio a produção da Tsuburaya vem deixando o espectador na ponta do sofá (ou da cadeira se você assiste pelo computador). O episódio deste sábado (9) foi marcado pela luta decisiva entre Riku/Geed e Kei/Belial. Seria só isso se não fosse por uma surpresa que ficou guardada para este momento que antecede os dois últimos episódios.
Quem acompanha o blog sabe que comentários eventuais de episódios da semana podem conter spoilers. Como se trata de algo surpreendente, não leia as linhas abaixo caso não tenha visto nada ainda.
A luta foi marcante, porém não tinha muito do clima de desfecho. Parecia mais um acerto de contas antes dos momentos decisivos. Mas o que chamou atenção mesmo foi a inesperada aparição de Arie Ishikari, que aparece viva, com poderes especiais e retira o poder de Belial do corpo de Kei. Tem mais: ela revela que é a mãe de Riku Asakura.
A participação de Arie foi curta, pois ela desmaiou logo após o ato. Foi pequena, porém o bastante para mudar os rumos da série. Possivelmente veremos no próximo episódio uma explicação sobre o passado de Arie e qual sua relação com Belial. Há um ponto que deixa subtendido uma razão para Arie querer ir para Okinawa ao lado de Kei. Esta relevação leva o espectador a crer que algo muito importante aconteceu na cidade (onde Jaspion atua como instrutor de mergulho... Hahaha!) e que o local seja a terra-natal de Riku. Nada confirmado até o momento. Então temos que esperar pra ver o que acontece. Se você acompanha as notícias, deve saber então que Okinawa será palco do filme de Ultraman Geed em março de 2018 nos cinemas japoneses.
Escrevi dois posts nesta coluna sobre a curta aparição de Arie em Ultraman Geed e, até onde ela foi dada como morta, disse que ela tinha potencial para formar uma insana parceria com Kei/Belial e que ela poderia ser melhor explorada na trama. Seu retorno foi significativo e dá mais sentido ainda à sua participação. Ficou acima do esperado.
![]() |
Arie em seu retorno triunfal... e revelador (Foto: Reprodução/Crunchyroll) |
↧
↧
December 12, 2017, 6:59 am
![]() |
O encontro épico de Bin Furuya, Austin St, John e Kenji Ohba (Foto: Divulgação/4 Fun Fest) |
Tem uma música do veterano grupo musical MPB4 que diz no refrão "mente quem diz que a Lua é velha". Essa foi minha inspiração no título acima pra desmistificar algo que ouvi falar há algum tempo e que talvez você também tenha se deparado. Algo como Ultraman é "velho", que é "ultrapassado" e que "ninguém gosta mais da série". Pura desinformação. Um absurdo sem cabimento. Ultraman é a alma e a essência do tokusatsu. Talvez alguém que se declara fã do estilo diga que não gosta da franquia. Ele pode pensar que não gosta, mas com certeza já curtiu elementos bem presentes em produções oitentistas e que continuam até os dias de hoje, certo? É só ver Jaspion e Power Rangers, por exemplo, que dá pra encontrar fácil fácil.
É estranho ouvir falar que gosta de tokusatsu e não curte a Família Ultra. Seria o mesmo que alguém falar que gosta de HQ e não curte um Superman, um Batman ou um Homem-Aranha. Contraditório, não? Pois bem. Mas a questão aqui não é exatamente sobre gosto pessoal de cada um e sim tentar mostrar mais uma vez (sem querer, mas já mostrando) que Ultraman continua muito bem atrelado ao gênero e continua atravessando gerações. E uma má notícia pra você que de repente torce o nariz para o gigante: ele vai continuar assim nas próximas décadas.
Eu não pude ir para a CCXP, mas acompanhei alguma coisa ou outra por fotos de amigos, vídeos de canais do YouTube e até envios de leitores. Lá na fan page do blog no Facebook há alguns registros bem bacanas. Quem esteve lá pode expressar melhor como foi a experiência, mas quem acompanhou de longe pôde notar de alguma maneira que o evento foi épico. Mais precisamente sobre atores de tokusatsu, lá estavam Austin St. John (o Jason de Power Rangers), Kenji Ohba (o nosso eterno Gavan) e Bin Furuya (dublê do primeiro Ultraman e intérprete de Amagi em Ultra Seven). Queria ter visto e conversado com os três se eu pudesse estar lá em SP e quem sabe entrevistá-los.
Power Rangers conquistou uma geração que acompanha a franquia nipo-americana há quase 25 anos. Já Gavan tem um público fiel que acompanhou a trajetória dos Metal Heroes nos anos 80 e 90. E com Ultraman não é muito diferente. Pelo que deu pra perceber, Bin Furuya representou o nome do herói mais importante da história do tokusatsu e provou que não existe idade pra curtir um bom clássico -- que continua bastante presente. Antigos e novos fãs aproveitaram a oportunidade pra conversar com o veterano ator/suit actor, pegar um autógrafo e bater aquela foto imitando a pose de disparo do Specium Ray. Marca que Furuya carrega por onde vai, sempre com boa simpatia. Isso é o bastante para derrubar mitos citados na introdução deste artigo. Fora tantos outros exemplos que poderia mencionar. O gigante prateado consegue sim cativar várias idades do nosso nicho.
Como disse duas semanas atrás neste post, Ultramané rentável, mas ainda precisa ser melhor difundido. É como descobrir Star Wars que também é uma franquia antiga, atual e é riquíssima em mitologia e bastidores. Porém não é tarde para explorar essa "mina de ouro". Esta edição da CCXP serve de referência para tantos outros grandes eventos de cultura pop no Brasil e é uma prova da força que Ultraman tem na esfera da cultura pop japonesa. Por isso não dá pra deixar de fora ou ofuscado na hora de divulgar o tokusatsu.
E imagino o quão especial deve ter sido conhecer três lendas vivas do tokusatsu e sem distinção de idade ou geração.
↧
December 13, 2017, 11:21 am
De tempos em tempos Oliver Tsubasa (Tsubasa Ozora) recomeça sua jornada para se tornar um jogador profissional. E isso irá acontecer mais uma vez a partir de abril de 2018 com o novo Super Campeões -- ou melhor, Captain Tsubasa. Será a quarta série animada da franquia para a TV japonesa. Desta vez com produção da David Production (mesmo estúdio de JoJo no Kimiyo na Bouken) e será exibida na TV Tokyo. Provavelmente será na faixa matinal de sábado ou de domingo. Curiosamente esta foi a mesma emissora que exibiu a versão original.
A primeira versão foi exibida entre 1983 e 1986, com produção da extinta Tsuchida Production e que tinha uma pegada infantil e trilha sonora eletrizante. Em 1994 surge Captain Tsubasa J pelo Studio Comet. Esta foi a versão exibida pela extinta Manchete entre 1997 e 1998. Em 2001 o Group TAC lança a série Captain Tsubasa: Road to 2002. Exibida por aqui via Cartoon Network e RedeTV!.
Para esta década que está quase no fim, Tsubasa ganha um novo começo. Nenhuma grande novidade à vista, a não ser pela atualização de animação e efeitos que irão ajudar a recontar a saga do craque japonês para o público infanto-juvenil de hoje. Há também indícios de que Lionel Messi, Cristiano Ronaldo e Manuel Neuer poderão dar as caras. Não deixa de ser oportuno para o ano de Copa do Mundo. Recentemente saiu um game da série para celular e isso seria pouco para dar sobrevida à franquia.
Isso não seria ruim, entenda. Super Campeões é sempre bem vindo e gosto da série. Mas seria legal ver uma continuação, nem que fosse uma história desvinculada do mangá de Yoichi Takahashi. Algo original, como será Megalobox, continuação de Ashita no Joe que está programado para o mesmo mês.
Em todo caso, só nos resta gritar: Fight Tsubasa!!!
Assista o trailer do novo Captain Tsubasa:
↧
December 14, 2017, 10:15 am
![]() |
Os últimos Riders da era Heisei |
Saiu nesta quarta (13) um tweet do produtor Shinichirô Shirakura sobre a descontinuidade de Super Hero Taisen. A famigerada série de filmes da Toei que reúne as franquias Kamen Rider e Super Sentai na primareva japonesa. Quem assistiu sabe da bagunça que é. Fanservices malfeitos, situações forçadas, estratégias toscas, etc. Filmes como Super Hero Taisen GP: Kamen Rider 3 (2015) e Kamen Rider 1 (2016) são exceções e são recomendáveis.
A nota de Shirakura diz o seguinte:
"Nós não pretendemos fazer mais filmes de "primavera". O "Final" no título deste se refere a isso e concentrou esforços tantos para os filmes de inverno quanto para os de primavera. O filme de (Kamen Rider) Amazons é algo à parte, separada dos principais filmes Rider. Gostaríamos de trazer algo impressionante."
O "Final" que Shirakura se refere é ao filme Kamen Rider Heisei Generations Final: Build & Ex-Aid with Legend Rider, lançado no último fim de semana nos cinemas japoneses e que marca o fim da atual era imperial para os motoqueiros mascarados. Pelo que dá a entender, a Toei está abandonando esses formatos de filmes que vinha aderindo desde o começo da década. O filme de Kamen Rider Amazonsé um caso isolado como foi explicado e servirá como desfecho da web-série.
Já era sem tempo da Toei mudar e fazer algo diferente. Mesmo com seus altos e baixos, Super Hero Taisen não passou de um circuito "caça-níquel". Alguns devem ficar felizes, outros nem tanto. Mas cá pra nós: foi uma série que não fará falta alguma. Quem sabe a Toei esteja preparando algo mais elaborado/inteligente para a próxima era.
Até aqui, a série de filmes Space Squad tem feito sucesso no Japão e, segundo declaração de Kenji Ohba (Gavan) na CCXP, terá continuação em 2018.
↧
↧
December 18, 2017, 5:51 am
![]() |
Takumi no palco do evento de Fortaleza |
Treze anos se passaram desde a primeira visita do ator japonês Takumi Tsutsui ao Brasil para representar o maior sucesso de sua carreira: o ninja Jiraiya. De lá pra cá, Takumi passou por vários eventos em nosso país e sempre transmitindo simpatia, humildade e carisma. A presença dele é sucesso garantido por onde passa.
Demorou, mas aconteceu. Depois de muita insistência do público local, finalmente Takumi Tsutsui se apresentou em Fortaleza no terceiro e último dia da 11ª edição do Sana Fest, que aconteceu neste domingo (17). Originalmente acontecia no mês de janeiro, servindo com prévia do tradicional evento de julho, e a partir de agora o Fest passa a acontecer anualmente em dezembro. Takumi é o primeiro ator japonês de tokusatsu a vir à capital do Ceará. Sendo que ele é o quarto, considerando os três atores de Power Rangers que também estiveram recentemente. O primeiro foi Walter Jones (Zack, o primeiro Ranger Preto de Mighty Morphin Power Rangers) em janeiro de 2016, Jason Faunt (Wes, o Ranger Vermelho de Power Rangers Força do Tempo) em julho do mesmo ano e Steve Cardenas (Rocky, o segundo vermelho de MMPR e o azul de Power Rangers Zeo) em janeiro de 2017.
O ator entrou no palco Art & Fest cantando o tema de abertura da série Sekai Ninja Sen Jiraiya. Originalmente cantado por Akira Kushida, que já esteve no Sana em 2007 e em 2010. Entre muitos marmanjos que assistiram o clássico pela extinta Manchete entre 1989 e 1999, estavam também crianças e adolescentes que conheceram a série por causa da popularidade do ninja olimpíada no Brasil.
Takumi, que estava trajando um quimono parecido com o que Toha Yamashi (Toha Yamaji) vestia em Jiraiya, mencionou que agora faz 30 anos do início das gravações da série. No Japão, Jiraiya estreou em 24 de janeiro de 1988 e era exibido nas manhãs de domingo da TV Asahi. Pediu "desculpas" por ter envelhecido nesse tempo (cá pra nós: a mudança não foi tanta assim). Contou que também vestia a armadura olímpica nas gravações e que, segundo ele, "não protegia nada" e fazia muito calor no verão e que quase morria de frio durante o inverno. Sempre precisava de ajuda para vestir e tirar o traje. Até para ir ao banheiro havia dificuldades.
![]() |
Com a simpatia de sempre, Takumi interage com o público |
Ao som das BGMs que tocaram na série (produzidas por Kei Wakakusa, o mesmo compositor de Janperson, Blue SWAT, Robotack e Tomica Hero Rescue Force), o ator falou que por causa de Jiraiya, fez amizade com atores da franquia Metal Hero. Entre eles, Kenji Ohba, o Policial do Espaço Gavan. Ohba participou do episódio 27 de Jiraiya como Yajiro, um ninja que desafiou Toha ao vestir a armadura olímpica. Ele também amizade com Akira Senoo e Shouhei Kusaka. Respectivamente os atores que viveram Metalder e Jiban. Takumi disse que, se tudo der certo, quer trazê-los para Fortaleza. Akira Kushida também é um grande amigo.
O público fez perguntas e até declarações. Como uma criança que disse que conheceu Jiraiya por causa de seu pai. Takumi ficou surpreso por ter muitas crianças que são fãs dele. No Japão não tem isso. Teve até uma fã que pediu um "kiss me" e Takumi mandou carinhosamente a distância. Um jovem disse que Jiraiya serviu de inspiração em sua vida, pois, mesmo sem dinheiro, Toha vencia as adversidades. Isso lhe deu forças para trabalhar e amar mais as pessoas. Entre as perguntas, ele respondeu que faria novamente Jiraiya caso apareça alguma oportunidade. Tem expectativa quanto à uma possível participação numa sequencia de Space Squad, mas ainda não recebeu convite da Toei. E o episódio 22 de Jiraiyaé o seu favorito. Aquele em que Kei ganha de Toha um vestido de presente para comemorar o aniversário de uma amiga e caiu na armadilha de Dokusai e sua Família de Feiticeiros.
Houve um momento de gincana onde cinco pessoas participaram para imitar a apresentação de Jiraiya. Um deles foi escolhido e ganhou uma revista (talvez uma Televi-kun da época, não tenho como precisar). Como prêmio de consolação, os outros participantes ganharam tecidos autografados pelo próprio Takumi.
A apresentação de Takumi Tsutsui terminou com ajuda do público cantando o tema de abertura em português (na primeira parte da música) e o autor cumprimentou rapidamente as pessoas que estavam em sua frente. Foram 40 minutos de muita alegria e que ficarão na memória de quem testemunhou a passagem do incrível ninja. O resultado constata que tokusatsu é rentável também em Fortaleza e pode ter divulgação ampliada. A experiência pode render a vinda de mais atores do gênero nas próximas edições. Assim esperamos.
O Brasil é praticamente a segunda casa de Takumi Tsutsui e as portas estão abertas para recebê-lo mais uma vez em Fortaleza.
Veja Takumi Tsutsui no início da apresentação:
↧
December 19, 2017, 3:50 am
![]() |
Ultraman Geed vai fazer muita falta |
Falta apenas um episódio para fechar a saga de Riku Asakura e cia na TV japonesa (aqui no Brasil pode ser visto a qualquer hora via streaming pela Crunchyroll) e definitivamente podemos constatar que Ultraman Geedé a melhor série tokusatsu deste ano. Ultimamente as séries Ultra vem mudando alguns elementos, porém respeitando a essência que a franquia carrega desde 1966 com Ultra Q e Ultraman. Um dessas mudanças é a saída dos esquadrões anti-monstros (isso tinha que mudar uma hora ou outra e pode voltar num futuro próximo).
Desde a estreia em julho vimos que a série tinha potencial para superar Ultraman Orb, que foi uma ótima série formada por um número concentrados de personagens e deixou uma marca carregada de carisma e uma digníssima homenagem aos heróis. Ultraman Geed tem tudo isso e muito mais. A diferença é que a trama tem um lado sombrio que não cai numa densidade profunda como Kamen Rider Black, Garo, etc.
Isso sem mencionar o talento dos atores. Todos escolhidos a dedo. Tatsuomi Hamada cresceu desde sua participação no filme do Ultraman Zero e tem uma carreira promissora devido ao seu talento e ótima interpretação como Riku Asakura. Eu destaco alguns nomes como Yuuta Ozawa (Leito Igakuri), Chihiro Yamamoto (Laiha Toba) e Kunito Watanabe (Kei Fukuide). E as vozes de Megumi Han (Pega), Suzuko Mimori (Rem) e claro, Mamoru Miyano (Ultraman Zero). Tudo isso foi feito com primazia pelo roteirista Oitsuichi e a direção com competentíssimo Koichi Sakamoto (o mesmo de Space Squad) que deram um show.
Apesar de todo o trabalho, a sensação é de que alguns pontos deverão ficar pendentes para o filme do herói que estreia em março de 2018 - obviamente -no Japão. Um semestre inteiro já é o suficiente para contar história, mas é bom Riku dar um descanso para retomar o fôlego e quem sabe explorar sua origens em Okinawa.
O ano 2017 foi cheio para os fãs de tokusatsu e principalmente para a franquia Ultra que comemorou o cinquentenário de Ultra Seven - com direito a participação de Bin Furuya aqui no Brasil pela CCXP. Ultraman Geedé mais uma série que vai deixar saudades e é mais uma prova clara de que a Tsuburaya ainda tem muito trabalho pela frente.
↧
December 20, 2017, 9:39 am
![]() |
O craque Oliver Tsubasa |
Desde o final de setembro a TV Diário - canal 22.1 de Fortaleza - exibe a reprise de Super Campeões, em sua versão clássica exibida na extinta Manchete, conhecida originalmente como Captain Tsubasa J. O momento coincidiu (ou foi proposital) com o aniversário de 20 anos de estreia no Brasil.
A exibição acontece de segunda à sexta no programa infantil(oide) Algodão Doce e vez por outra sofre uns erros na exibição como repetir um episódio exibido no dia anterior. Algo quase frequente no começo dos anos 90 quando a Manchete exibia reprises de Changeman, por exemplo. Até o momento foram exibidos os primeiros 28 episódios do animê e ao invés de continuar de onde parou, a série começa do início. Pra se ter uma ideia, Super Campeões voltou ao primeiro episódio nesta terça (19) e repetiu o mesmo nesta quarta (20).
Tem mais alguns erros. Só que esses a saudosa emissora carioca não cometia. Como fade in/fade out entre o momento em que aparece a palavra "tsuzuku" (つづく) e o encerramento. Uma edição desnecessária e que poderia rolar na íntegra. Sendo que a palavra japonesa que indica continuação às vezes nem aparece direito. Ou mesmo o encerramento é cortado.
Fora outros cortes como episódio cortado minutos antes do encerramento e sequencia descompromissada aos sábado. Nesse dia da semana são exibidos dois episódios no seu Festival de Desenhos e curiosamente, em outubro, a TV Diário exibiu o mesmo episódio quatro vezes no mesmo dia. (!) Duas pela manhã e duas na reprise na madrugada.
Independente de ser ou não uma exibição oficial, a TV Diário deveria cuidar melhor de um animê tão legal como Super Campeões. Não dá pra dizer que a exibição é digna com essa sucessão de erros.
↧
December 21, 2017, 9:22 am
![]() |
Marcelo Del Greco fala sobre o licenciamento de Ultraman Tiga (Foto: Reprodução/Jbox) |
Neste fim de semana saiu a segunda e última parte da entrevista com Marcelo Del Greco ao canal Jbox. O jornalista - que passou pela revista Herói e atualmente está na Editora JBC - também foi responsável por parte do licenciamento de Ultraman Tiga no Brasil, como sócio da distribuidora Mundial.
Ultraman Tiga tinha tudo para continuar o legado das séries japonesas de tokusatsu na TV brasileira. Estava com mais pontos de audiência do que Pokémon (na época estava em sua segunda temporada por aqui) e tinha todo um material que estava sendo licenciado. Além de Ultraman Dyna e Ultraman Gaia, havia também planos de redublarem séries antigas como Ultra Seven e O Regresso de Ultraman e até o inédito Ultraman Ace. Na época em que Ultraman Tiga estava em exibição na Record, o filme Ultraman Tiga: A Odisseia Final também estava em exibição nos cinemas do Japão e estava nos planos da distribuidora para trazer nas telonas brasileiras.
O que não dá pra entender é o real motivo da saída do guerreiro da luz da TV faltando apenas quatro episódios para finalizar a série. Acredita-se por aí que Eliana tenha sido o pivô, pois a série era uma das atrações de seu programa na Record. Porém isso não foi mencionado. É um detalhe que cabe aos bastidores e talvez ela tenha estivesse insatisfeita com o material em seu programa. Por um lado, Ultraman Tiga era muito violento/sério/dramático para um programa com conteúdo mais "inocente". Merecia estar numa faixa jovem como umas 19h ou 20h. Por outro, a Record poderia dar uma chance ao herói colocando num horário justo e condizente ao enredo.
É claro que isso não dependia da Mundial nem do Marcelo. As emissoras de TV são soberanas nas decisões de horário. O que pode ajudar ou complicar no resultado final. O fato é que Ultraman Tigaé mais um mistério que não deverá ser desvendado tão cedo e não dá pra entender o cancelamento de uma série que tinha tudo para renovar público. Triste realidade.
![]() |
O encontro de Tiga e Ultraman foi ao ar apenas na Rede 21 |
↧
↧
December 29, 2017, 4:10 am
![]() |
Os seis Irmãos Ultra e a divindade Hanuman |
Durante a história da Tsuburaya, uma das fases mais difíceis foi a parceria com o estúdio tailandês Chaiyo. Fruto de uma briga judicial que se arrastou por mais de dez anos e que teve seu fim em novembro passado. O símbolo desta parceria é de longe o constrangedor Ultra Roku Kyodai vs. Kaiju Gundan (Os Seis Irmãos Ultra contra o Exército de Monstros) que reuniu os heróis da Nebulosa M-78 e a divindade Hanuman.
Lançado em 26 de novembro de 1974, o filme contou a história de Koh um garoto que foi brutalmente assassinado por ladrões que roubaram a cabeça da estátua de Buda. Comovida com a bravura do garoto, a Mãe de Ultra convoca os seis irmãos Zoffy, Ultraman, Ultraseven, Ultraman Jack, Ultraman Ace e Ultraman Taro para transportar o corpo de Koh para M-78 e ressuscitá-lo como hospedeiro do deus-macaco Hanuman. Uma figura lendária que existe apenas na mitologia hindu.
Enquanto isso, a base Donuma Seven está prestes a testar um lançamento de foguetes. Donuma Seven é comandado pelo Dr. Wisut e ele conta com sua assistente Marissa e a dupla de pilotos Sipuak e Sisuliya. Ambos são bem bobocas e tentam fazer graça com atitudes bastante infantiloides, além de vestir uniformes da ZAT, o esquadrão anti-monstros de Ultraman Taro. Já a moça é um colírio para os olhos, porém sem muita utilidade para a trama.
A experiência com os foguetes foi catastrófica e isso despertou os kaijus Gomora (de Ultraman), Dustpan (de Mirrorman), Astromons, Tyrant e Dorobon (os três últimos são de Ultraman Taro). Após salvar Annan, o amigo de Koh, do perigo, Hanuman ressurge para impedir o ataque dos cinco monstros gigantes. Ao ser encurralado, os seis Irmãos Ultra aparecem para ajudar o novo companheiro e defender a Terra.
No longa de quase 2h de duração podemos ver cenas de séries e filmes antigos, trilhas sonoras (especialmente de Ultra Seven) e outros elementos da mitologia da Família Ultra reaproveitados. Um filme arrastado e que não causa a menor empolgação. Tem boas sequencias de ação, porém está longe da essência da franquia Ultra. Quase tudo é fraquíssimo e há situações improváveis como esmagar um bandido, mostrar cena de assassinato de criança, entre outras bizarrices. Ultra Roku Kyodai vs. Kaiju Gundan soou como uma desculpa pretensiosa para divulgar os Ultras como se fosse uma superprodução. Está anos luz de tal nível.
Ainda não é a produção mais constrangedora de todos os tempos, como os filmes orientais live action de Dragon Ball, por exemplo. Mas vale assistir pela curiosidade e como material de pesquisa sobre tokusatsu. Você não irá sentir saudades depois de conferir por si próprio. Muito menos a Tsuburaya que teve uma experiência constrangedora que ultrapassa a qualidade do filme. Tudo parecia acabar ali mesmo, mas este seria apenas o começo de uma grande dor de cabeça para o estúdio japonês.
Curiosamente no mesmo ano de lançamento desta bizarrice, a Chaiyo produziu Hanuman and the Five Riders, em parceira com a Toei Company. A divindade também se encontrou com os Riders Ichigô, Nigô, V3, Riderman e X. Mas isso é assunto para um outro post.
Ultra Roku Kyodai vs. Kaiju Gundan estreou no Japão apenas em 17 de março de 1979, semanas antes da estreia do animê The☆Ultraman. Série que marcou a volta temporária dos Ultras após o final de Ultraman Leo.
Fim da briga judicial em 2017
![]() |
Capa do Laser Disc japonês do filme com destaquepara Ultraman Taro |
Após a morte de Noburu Tsuburaya (segundo filho de Eiji Tsuburaya) em junho de 1995, o presidente da Chaiyo, Sompote Saengduenchai, afirmou no ano seguinte que havia um acordo firmado entre as empresas tailandesa e japonesa assinado cerca de 20 anos antes. Na ocasião foi apresentada uma carta com uma assinatura forjada, como se fosse do próprio Noburu Tsuburaya e com data de 4 de março de 1976. O suposto documento dizia que os direitos internacionais (com exceção do Japão) dos personagens da franquia Ultra até 1973 (ano de estreia de Ultraman Taro) foram transferidos para a Chaiyo.
A Tsuburaya afirmou que a tal carta era uma fraude e haviam evidências disso. O nome do estúdio japonês estava com grafia errada e Ultraseven foi referido como "Ultraman Seven". De acordo com os advogados da Tsuburaya, o sr. Noburu jamais erraria os nomes dos personagens. Apesar disso, a Chaiyo criou um seus próprios personagens baseados nos Ultras e inserido-os em shows, imagens promocionais e o famigerado filme tratado acima.
A disputa judicial pela marca Ultraman começou em meados de 2002 e atingiu o mercado ocidental, uma vez que o documento apresentado pela Chaiyo afirmava que os direitos de distribuição para outros países pertenciam a eles. O mais absurdo é que a Chaiyo afirmava que ela tinha parte da criação da franquia nos anos 60. O que todos sabemos que é uma falácia sem cabimento. Tal alegação teve como base uma visita que Eiji Tsuburaya fez na Tailândia e lá teria conhecido uma variedade de estátuas raras de Buda através de Saengduenchai e algumas dessas imagens serviria de inspiração para a criação do primeiro Ultraman. O fato é que a Chaiyo teve permissão oficial para negociação de merchandising de Ultraman na Tailândia e em mais cinco países da Ásia. Porém o presidente da Chaiyo diz ter sido prejudicado pela Tsuburaya e chegou a exigir uma carta de retratação numa determinada ocasião.
Em 20 de novembro deste ano, oito membros da corte jurídica de Los Angeles declararam por unanimidade que o tal contrato apresentado pela Tsuburaya não tem qualquer autenticação. Assim foram concedidos os direitos definitivos das primeiras séries Ultra para a Tsuburaya. Em outras palavras, séries como Ultra Q, Ultraman, Ultra Seven, O Regresso de Ultraman, Ultraman Ace e Ultraman Taro podem futuramente ser comercializadas fora do Japão para variadas mídias. Após esta longa e árdua batalha, a Tsuburaya conquista a vitória num ano bastante significativo/comemorativo que foi 2017.
↧
![]() |
Sakura está de volta com episódios inéditos |
O início dos anos 2000 foi importante na história dos animês no Brasil. Não ficamos órfãos desse tipo de programa após o fim da TV Manchete em 1999. Várias emissoras abertas e por assinatura aderiram a nova onda que começou com o sucesso de Pokémon, Digimon, Dragon Ball Z e tantos outros títulos que formaram o filão. Algumas franquias retornaram como Os Cavaleiros do Zodíaco, Yu Yu Hakusho e Sailor Moon. Foi nesse período em que animês do estilo shoujo ganharam mais notoriedade do que nos anos 90. Ao lado de Serena e sua turma, outra série chamou atenção de boa parte do público infanto-juvenil e estará de volta à TV japonesa.
Sakura Card Captors estará de volta a partir desde fim de semana numa nova série. Cardcaptor Sakura: Clear Card é uma adaptação do mangá de mesmo título que está em publicação desde dezembro de 2016. Totalizando três volumes até o momento. A mesma dá continuidade à série clássica de animê/mangá.
Apesar do sucesso mediano, Sakura Card Captors nunca figurou entre meus animês favoritos. Mas sempre que podia eu acompanhava a trama no Cartoon Network e na Globo. Tudo era arrastado sim. Porém o romance era algo que de alguma forma prendia o público e cativava quem assistia. Mesmo que o espectador não tivesse compromisso algum com o horário. A busca de Sakura pelas cartas Clow era interessante. Ao mesmo tempo que dividia espaço para o dramalhão que era a paixão da garotinha de 10 anos por Yukito, um jovem com mais idade que ela. Tinha lá seus momentos sombrios. A verdade é que o animê era arrastado demais. Mas era justamente essas composições que faziam do desenho japonês um interessante clássico da CLAMP que marcou uma geração. Além dos excelentes traços e efeitos que enchiam os olhos de qualquer espectador.
A série original foi trazida para cá via Cloverway. Por pouco não vimos uma versão adulterada da Nelvana que colocou - vejam vocês - Shaoran como protagonista, ao invés de Sakura. (Hein???) Em tempo, Sakura Card Captors estreou no Brasil às 16h30 do dia 1 de novembro de 2000 na tela do Cartoon Network. Logo após Sailor Moon R que estreou também no mesmo dia e canal. Os temas de abertura e encerramento eram bem legais. Uma pena que não foram ao ar quando passou nas manhãs da Globo em 2001. Curiosamente outras séries shoujo passaram no mesmo horário de Sakura no Cartoon. Como a divertida Corrector Yui e a chata Super Doll Licca-chan.
A exibição de Cardcaptor Sakura: Clear Card está garantida no Brasil pelo canal de streaming Crunchyroll. Serão ao todo 26 episódios semanais.
Assista ao trailer oficial legendado:
↧
![]() |
Vegeta durante seu embate contra Jiren (Foto: Reprodução/Crunchyroll) |
Não é de hoje que percebemos a diferença de habilidade de Goku e Vegeta. Quem acompanha a franquia há longa sabe que além do temperamento de cada um existe o estilo de luta destes Saiyajins.
Goku gosta de treinar e é quase incansável. Não dispensa um bom adversário para superar/melhorar sua força. É um sujeito pacato, amigo de todos e sua única falha é a inocência/ingenuidade. Já Vegeta é orgulhoso e, mesmo sendo parceiro de Goku (e parecer não assumir isso), é um bom guerreiro. Antes era um assassino e hoje luta pela defesa da Terra. Seu forte temperamento é um ponto bem característico.
A diferença entre Goku e Vegeta é que eles são técnica e força, respectivamente. Duas habilidades distintas que fazem deles grandes guerreiros Saiyajins. Isso pode ser percebido no embate de cada um contra Jiren. Episódios atrás, Goku atingiu uma força sobre humana e despertou o Instinto Superior (acredita-se que seja em modo de ataque, como é do seu perfil). Existe tanto a possibilidade de Vegeta atingir esse mesmo poder quanto ser eliminado por Jiren. O que sabemos de fato é que Vegeta irá despertar um poder superior ao Super Saiyajin Blue, como foi mencionado neste domingo (7) no preview do próximo episódio de Dragon Ball Super. Possivelmente seja o Instinto Superior -- ou não.
Apesar dessas diferenças entre Goku e Vegeta, o primeiro leva mais vantagem por seu esforço e humildade. Mesmo que Vegeta consiga atingir o Instinto Superior, sua própria arrogância pode levá-lo à derrota. Tudo leva a crer de que seja isso mesmo. Uma vez que faltam pelo menos oito episódios (minutos?) para acabar o Torneio. E Jiren é o guerreiro do 11º Universo que tem tudo para ficar até o fim e enfrentar o Goku numa revanche.
↧
January 10, 2018, 6:30 am
![]() |
Os personagens centrais da série animada (Foto: Divulgação) |
Para a surpresa dos fãs da franquia do Cavaleiro Makai, a série animada Garo: Vanishing Line foi lançada no Brasil em meados de novembro pela Crunchyroll. Isso graças a sua parceria com a Funimation, outro canal de streaming que opera na América do Norte. Este é o terceiro título da franquia a vir para cá. Os filmes tokusatsu Garo: Red Requiem e Garo Gaiden: Flauta Secreta estão disponíveis via Netflix e são licenciados pela Sato Company (veja mais aqui). Até o momento foram exibidos 12 episódios de Garo: Vanishing Line na TV japonesa e o próximo tem previsão para ir ao ar nesta sexta, 12 de janeiro.
Diferente das duas animações anteriores Garo: The Animation (de 2014) e Garo: Crimson Moon (de 2015) que se passavam em eras antigas (inquisição espanhola e era imperial japonesa Heian, respectivamente), esta nova trama se passa nos dias atuais na fictícia Russel City. A cidade americana (baseada em Nova Iorque) ocupa secretamente um cenário de conspiração. Para combater o mal que domina a cidade sem a percepção dos cidadãos, Sword, um cavaleiro Makai, entra em ação para deter os ataques dos diabólicos Horrors ao vestir sua armadura dourada e assumir o codinome Garo. Sword encontra uma única pista sobre os Horrors: Eldorado. É a partir daí que sua missão toma um outro rumo ao encontrar a garota Sophie que também está atrás da mesma pista que pode ter relação com o desaparecimento de seu irmão.
Junto com Sword estão o seu inseparável anel mágico Zaruba, o amargurado alquimista Makai chamado Luke e a formosa guerreira Gina. Zaruba (leia na proparoxítona) serve como conselheiro de Sword e é capaz de captar a presença de Horrors. Porém não possui ligação com as outras versões do universo original da saga em tokusatsu.
![]() |
Gina, a alquimista Makai |
Já Luke é mais sensato que Sword e, apesar da boa parceria com o cavaleiro Makai, está quase sempre em desacordo com ele. É que Luke desaprova o envolvimento de humanos nestas missões sobrenaturais. Além de ser perito em armamentos de fogo, munições especiais e ainda poder apagar a memória das pessoas que viram Horrors, Luke carrega um terrível trauma de infância.
E Gina é uma ladra profissional e também alquimista Makai que trabalha eventualmente ao lado de Sword. Apesar de manter uma aparência de uma mulher manipuladora, esconde seus sentimentos pelo cavaleiro. É dona de uma formosura que chama atenção de Sword, que tem uma estranha reverência às "comissões de frente" de qualquer mulher de sua idade. Porém Gina carrega o bichinho Mia que se esconde em seus próprios seios e ataca Sword quando tenta assediá-la.
Em comparação com as séries tokusatsu, Garo: Vanishing Line consegue equilibrar a densidade da luta contra os Horrors com um pouco de alívio cômico, protagonizado pelo próprio Sword em sua tentativa de conquistar alguma mulher. A série tenta não apelar e consegue formar um elo consistente entre o herói e a adolescente Sophie. Uma relação entre irmãos. Após episódios iniciais isolados, a trama apresenta sua rota de fuga (sem trocadilhos) com a aparição dos vilões Horrors que escondem o segredo do tal Eldorado. A trama é envolvente e provavelmente é a melhor série de Garo até aqui. Mesmo não tendo o mesmo peso sombrio das demais produções da franquia, é ótima para assistir tarde da noite e assistir de uma vez em poucas sentadas. Porém não é uma produção tão leve.
Destaque para o JAM Project que mais uma vez bate ponto interpretando tema de abertura. Desta vez com a música "EMG". Curiosamente Masami Okui, a única mulher a integrar a banda, interpreta a belíssima canção "Sophia". Tema de encerramento do animê. E como não poderia ser diferente, Hironobu Kageyama, cantor de várias séries japonesas como Changeman, Maskman, Jetman, Os Cavaleiros do Zodíaco e Dragon Ball, empresta mais uma vez sua voz ao anel Zaruba.
Se seguir o padrão das demais séries animadas, Garo: Vanishing Line irá fechar aos 24 episódios. Ainda estão previstos para o próximo cour (trimestre) a entrada dos novos temas de abertura e encerramento. "HOWLING SWORD" por Shuhei Kita e "Promise" por Chihiro Yonekura. Os próximos episódios prometem muitas surpresas com o desenrolar do mistério de Eldorado. Ótima série para quem ainda não acompanhou ou não assistiu a nenhuma das séries live action e animadas.
Garo: Vanishing Lineé exibido no Brasil via Crunchyroll sempre com um novo episódios às sextas-feiras a partir das 16h23.
↧
↧
January 18, 2018, 6:16 am
![]() |
O novo animê do Rei dos Monstros (Foto: Divulgação/Netflix) |
Com divulgação quase em cima da hora - para a nossa surpresa - a Netflix lançou a primeira parte da trilogia Godzilla: Planet of the Monsters (ou Gojira: Kaiju Wakusei) nesta quarta (17) para todos os assinantes do canal de streaming em mais de 190 países. Foram exatamente dois meses de espera desde o lançamento nos cinemas japoneses em 17 de novembro do ano passado. Esta é mais uma produção do estúdio Toho em parceria com a produtora Polygon Pictures. A mesma de animês com o selo de exclusividade Netflix como Knights of Sidonia, Ajin: Demi-Human e Blame!.
Ao invés de um kaiju que protege a humanidade, esta história mostra um Godzilla muito mais devastador e impetuoso do que nunca. Ou melhor, se tornou dono da Terra através da maior catástrofe já causada na veterana franquia. O primeiro ataque começou no final do século XX. O que obrigou os humanos a abandonarem a Terra. Vinte mil anos depois a humanidade retorna ao planeta sob o comando do capitão Haruo Sasaki, que está disposto a retomar a Terra do Rei dos Monstros. O salto no tempo se deve à uma viagem interdimensional. Uma saída que ajudou a abreviar a jornada depois da fracassada busca por um lugar habitável como a antiga Terra. Sasaki tem contas a acertar com Godzilla. É que seus pais foram vítimas do monstro quando tinha apenas quatro anos de idade.
A primeira parte serve de introdução. Sendo a primeira metade deste episódio carregada de muito diálogo e pouca dinâmica. Nenhum problema, já que faz parte de narrativa bem formulada que explora o histórico da destruição ao mesmo tempo em que os humanos procuram um meio de destruir Godzilla. O ritmo é compensado com muita ação na segunda metade.
Gen Urobuchi (de Kamen Rider Gaim e Madoka Magica) está a cargo da ideia original e do roteiro deste novo Godzilla. A produção conta com dois nomes da direção: o primeiro é Hiroyuki Seshita (de Ajin e Knights of Sidonia) e Kobun Shizuno (de Detetive Conan e Hokuto no Ken). Para interpretar Haruo Sasaki, o elenco conta com o excelente Mamoru Miyano (a inconfundível voz de Ultraman Zero).
O segundo episódio desta saga está marcada para maio deste ano no Japão e deve seguir o padrão de distribuição com poucos meses de atraso via Netflix. Está garantida uma versão do Mechagodzilla na sequencia.
Godzilla: Planet of the Monsters prepara o terreno para a volta do Rei dos Monstros nas telonas em 2019 e 2020. Duas sequencias da franquia MonsterVerse, da Legendary Pictures, onde Godzilla e King Kong irão se encontrar. Até lá a Toho não irá produzir nenhum filme tokusatsu do kaiju. É hora de aproveitarmos este novo e apocalíptico universo que nos apresenta um Godzilla visualmente parecido com aquele que conhecemos em 2014.
E se você é daqueles que dispensa créditos finais, há uma cena extra logo em seguida. Não perca.
↧
January 22, 2018, 4:07 am
![]() |
Freeza tentando bancar o inocente com Gohan (Foto: Reprodução/Crunchyroll) |
Convidar um antigo inimigo para se aliar a um time de um Torneio é algo bastante arriscado e requer uma atenção redobrada. E o time do Sétimo Universo precisa ter muito cuidado. Principalmente Goku que teve a ideia. No começo pareceu improvável, mas com o tempo Freeza foi se mostrando aliado forte nas batalhas.
Porém deu umas escorregadas. Não escondeu que ele tem más intenções. Já comentei aqui neste blog sobre algumas ocasiões onde ele poderia "se dar bem" e se mostrou do lado de Goku e cia. Pode ser um blefe? Sim, e mais uma vez Freeza deixou claro que pode ser um terrível inimigo. No episódio deste domingo (21) ele tentou negociar uma aliança com Dyspo onde o vilão fosse ressuscitado pelas Esferas do Dragão, caso o Décimo Primeiro Universo fosse vencedor. Muito esperto, Dyspo recusou a oferta.
Já disse uma vez nesta coluna: Freeza pode estar tramando um grande plano para sabotar o Torneio. Como todos ouviram (não sei como conseguem naquela distância), ele já perdeu a confiança de todos do Sétimo Universo. Impossível não dizer que ficará inquieto após o Torneio. Bem, será que o Goku tem algum plano para detê-lo? Tudo é possível.
E minha impressão no episódio da semana foi de que Freeza tentou bancar como Dr. Smith da série clássica de ficção científica Perdidos no Espaço, de Irwin Allen. Por um momento ele tentou disfarçar a sua tentativa com a chegada de Gohan praticamente no mesmo estilo "malandro". Só que a diferença é que o filho de Goku não é nada bobo como era o menino Will Robinson e não se deixou levar pelo charlatão. Problema resolvido (mesmo com o sacrifício de Gohan na arena). Pra quem não conhece, Dr. Smith era um vilão que acompanhava involuntariamente a Família Robinson na frustrada missão espacial pela nave Júpiter 2. Personagem do saudoso Jonathan Harris, ele tentava trair os Robinson. Ainda assim foi um personagem marcante e carismático para quem viveu os anos 60 e 70.
Sobre o final de Dragon Ball Super, acredito que seja um hiato, por enquanto. Assim como foi com Dragon Ball Kai. Não creio que haja mudança de horário, pois a lista de episódios da coletânea em home-video da série foi um indício. Consta um episódio a mais no último volume. A partir de abril começa a sexta encarnação de GeGeGe no Kitarô na mesma faixa dominical da Fuji TV. A primeira série da franquia do falecido mangaká Shigeru Mizuki completou 50 anos da estreia da primeira série animada na TV japonesa.
![]() |
O icônico Dr. Smith da série Perdidos no Espaço |
↧
January 30, 2018, 8:20 am
![]() |
O secundário Kamen Rider Cross-Z |
Após meses sem assistir Kamen Rider Build, tirei uns dias pra maratonar episódios atrasados e ficar em dia. Indiscutivelmente essa é uma das melhores séries da franquia. A trama é muito bem construída (sem trocadilho) e é escrita por Shogo Muto, que por sinal, é seu primeiro trabalho com tokusatsu. Além de direção de Ryuta Takasi, que já esteve envolvido em algumas séries Kamen Rider e também Super Sentai.
Se você está acompanhando, provavelmente você viu várias reviravoltas durante a trama. Só pra destacar: as revelações sobre a verdadeira identidade de Blood Stalk (um dos grandes vilões dos últimos tempos) e sobre o passado de Sento Kiryu foram pontos-chave para tudo o que vem acontecendo até aqui. Kamen Rider Build tem bastante coisa pra comentar e não daria um post inteiro.
Como toda boa produção, nem tudo é perfeito e como em praticamente toda série Kamen Rider, tem um anti-herói esquentadinho. Nesta série temos Ryuga Banjou, acusado de ter matado Takumi Katsuragi, o cientista (do diabo) que criou o Rider System. Bem como o Build Driver e outros apetrechos usados no enredo. Desde o primeiro episódio, Ryuga se mostra um personagem à altura e não tem como não se deixar apegar a ele. Ainda mais pelo fato de Ryuga ter perdido sua noiva após ter sido transformada num Smash e ser derrotada por Build em seguida. Demorou alguns episódios para Ryuga se transformar no Kamen Rider Cross-Z (lê-se: "cross", com Z mudo). De lá pra cá vemos um herói impulsivo e que não mede as consequências quando seu foco é apenas obter mais poder e vingar a morte de sua noiva. Isso não vem sendo ruim para a trama, pois ele não perde o carisma e seu lado humano.
Bem, mais cedo ou mais tarde essa atitude pode prejudicar algum personagem e talvez mudar o rumo das coisas. Seja para o bem ou para o mal. Provavelmente lá para a reta final da série, como aconteceu com Hiiro Kagami/Kamen Rider Brave em Kamen Rider Ex-Aid. Essas expectativas podem fazer com que Ryuga seja um personagem bem mais interessante do que agora.
↧
February 6, 2018, 7:59 am
![]() |
Os tripulantes da estação Cloverfield |
A Netflix preparou uma surpresa guardada a sete chaves. Durante o intervalo da 52ª edição do evento esportivo Super Bowl, foi liberado o primeiro trailer de The Cloverfield Paradox. O que ninguém esperava era que o filme estava mais perto do que imaginávamos. O terceiro longa da franquia Cloverfield estreou na madrugada desta segunda (5) no Brasil e também nos outros países onde o canal de streaming atua. Uma jogada inédita (e esperta) da Netflix.
O primeiro filme foi lançado nos cinemas em janeiro de 2008, pela Paramount, e carregava dois conceitos: o primeiro era o estilo found footage. Espécie de documentário como A Bruxa de Blair, Distrito 9, entre outros. E o outro era o estilo de filmes kaiju. Gênero consagrado de filmes de monstros que começou com Godzilla, deu origem a outros personagens que marcaram o cinema japonês como Rodan, Gamera, Mothra etc e continua vivo na cultura pop. Na época, J.J. Abrams tinha parceria com Brian Burk na produção. Os conceitos mencionados foram abandonados a partir de março de 2016 com o segundo filme, Rua Cloverfield, 10, que tinha uma temática diferente e com terror psicológico. Assim a franquia começava a andar em caminho inverso ao Godzilla e Círculo de Fogo (ambos da Legendary Pictures) e tomava seu próprio rumo. Distanciando da sua proposta original. Abrams conta com Lindsey Weber, que substituiu Burk e segue até hoje com a produção.
O terceiro filme se passa num futuro próximo onde a humanidade sofre com a escassez de combustíveis. Afim de criar uma nova energia inesgotável, uma estação espacial é enviada em caráter especial. A jornada causa um rompimento no espaço-tempo e daí criando situações esquisitas. The Cloverfield Paradox tenta ser um filme assustador de ficção-científica, porém é cheio de clichês e não consegue ser mais do que isso. Porém, de alguma forma, consegue conectar ao filmes anteriores e até abrindo a possibilidade de acrescentar futuramente novos elementos na mitologia. O que pode render algumas respostas e também lacunas abertas (vide o que aconteceu em Lost, também de Abrams). Em parte, o filme prende atenção em alguns momentos, mas deixa a desejar em outros.
Ainda este ano, a franquia Cloverfield terá mais um filme, sendo o terceiro para as telonas. Overlord deverá servir como prólogo desta mitologia e tem previsão de estreia no Brasil para 25 de outubro.
↧
↧
February 7, 2018, 11:53 am
"A flor tem que ser de cerejeira. E o homem tem que ser Kuwabara!". Essa frase do maior aliado de Yusuke Urameshi, do animê Yu Yu Hakusho, é apenas um pedaço de um legado deixado por sua voz que marcou uma geração que acompanhava animês, filmes, novelas mexicanas e até produções tokusatsu.
Seu grande destaque foi em Yu Yu Hakusho, onde emprestou a voz para Kuwabara. Na mesma época fazia a voz de Dexter, do desenho O Laboratório de Dexter. Um clássico do canal pago Cartoon Network no final dos anos 90. Nas séries tokusatsu sua voz foi marcada no personagem Tetsuo Shinjoh (vivido por Shigeki Kagemaru) em Ultraman Tiga. Interpretou Rito Revolto nas dublagens clássicas da terceira temporada de Mighty Morphin Power Rangers e Power Rangers Zeo. Além de participar de algumas outras temporadas da franquia. Também foi Piccodevimon na primeira série Digimon Adventure.
José Luiz Barbeito também dublou Will Smith no filme A Procura da Felicidade, Jamie Foxx no revival de Miami Vice, o saudoso Philip Seymour Hoffman em filmes como Patch Adams: O Amor é Contagioso entre tantos outros trabalhos.
Estava afastado das dublagens há alguns anos e nos últimos seis meses passou por um tratamento contra o alcoolismo. José Luiz Barbeito morreu aos 56 anos, vítima de um ataque cardíaco. Familiares, colegas de profissão e amigos de adolescência (que o ajudaram no tratamento) prestaram suas homenagens.
![]() |
Kuwabara é o papel de maior referência de Barbeito nos animês |
↧
February 9, 2018, 3:31 am
![]() |
O Cavaleiro Ikki de Fênix do fan film (Foto: Reprodução) |
No último fim de semana saiu no YouTube um fan film baseado em Os Cavaleiros do Zodíaco focado no anti-herói Ikki de Fênix. A Lenda da Fênixé um título que, na primeira impressão, nos faz pensar que poderia se tratar de algo que poderia imaginar a origem de Ikki antes de se tornar o Cavaleiro de Fênix. Porém é uma homenagem que o representou com grandiosidade este grande personagem.
A Lenda de Fênix se passa em algum ponto da saga dos Cavaleiros de Atena onde Ikki visita o túmulo de sua amada Esmeralda. Durante o momento de contrição, ele é surpreendido por Thomas e seus capangas, que o desafiam para uma batalha. Thomas tem uma forte relação com Guilty, o satânico mestre de Ikki que o treinara na Ilha da Rainha da Morte. Por decisão de Ikki (e até por questões técnicas), a batalha contra Thomas é decidida sem o uso da armadura de bronze. Porém, o momento crucial leva os dois a um triste episódio do passado.
Para os padrões, o fan film A Lenda de Fênix foi muito bem feita e percebe-se o cuidado com cada detalhe. O fato de Ikki não ter usado a armadura foi uma decisão acertada, uma vez que isso poderia comprometer a produção por questões técnicas ou mesmo de orçamento. Isso enriqueceu ainda mais o trabalho e deu um tom poético à mini trama. O local poderia lembrar o cenário infernal da Ilha da Rainha da Morte, mas seria exigir demais. Aliás, foi bem propício, já que se tratava do túmulo de alguém muito querida pelo Cavaleiro de Fênix.
Interpretado por atores brasileiros, o fan film conta com elenco de dublagem paulista. Foi convidado especialmente Leonardo Camilo para viver mais uma vez Ikki de Fênix. Flávio Dias (Poseidon na dublagem clássica da Gota Mágica e Sísifo de Sagitário em The Lost Canvas) narrou passagens do início e do final da história e também dublou Guilty nesta versão. Também estiveram Wilken Mazzei (Killa em Dragon Ball Kai) como Thomas e Beatriz Villa (Mei Terumi no game Naruto Shippuden: Ultimate Ninja Storm 4) como Esmeralda. A produção reproduz algumas das BGMs mais marcantes do saudosíssimo maestro Seiji Yokoyama e com direito a um revival da sangrenta batalha de Ikki contra Guilty que culminou na morte de Esmeralda. O tema escolhido para o encerramento foi "Chikyuugi", canção da saga de Hades cantada originalmente pela doce Yumi Matsuzawa e interpretada na versão brasileira pela Larissa Tassi (da antiga dupla com William Kawamura e atual integrante do trio Danger3). Desta vez a canção ganhou versão própria cantada por Nando Rodrigues e Maíra Brito.
A título de nota, Nando Rodrigues foi o roteirista e diretor do fan film, além de assumir boa parte da produção independente. Sem fins lucrativos, A Lenda de Fênix foi realizada em parceria das produtoras Raciocinando Filmes, Friends Groups Entertainment e Hipnótico Filmes. Todas elas com trabalhos extensos em seus respectivos currículos.
Assista o fan film a seguir:
↧
February 14, 2018, 7:19 am
![]() |
A Lenda, um das séries sul-coreanas na TV brasileira |
Outro dia eu andava num shopping center e vi um espaço temático totalmente dedicado à cultura pop sul-coreana. Coisas como amostras de K-dramas e o já tradicional K-pop. Incrível como essa cultura ganhou notoriedade em poucos anos. Goste ou não, é um fenômeno e só tem a crescer e conquistar novos adebtos. Seja de séries do gênero, seja do estilo musical.
Na esfera musical, o K-pop conquistou espaço em eventos de cultura pop/geek. Por um lado ganhou evidência, por outro divide espaço com a cultura pop japonesa (animês, cosplays, mangás, etc). Já as séries de drama tem popularidade há longa data no Brasil. Nos últimos anos os fãs só tiveram o que comemorar com a chegada de várias séries licenciadas no Brasil. Além de títulos na Netflix, há um canal oficial de streaming específico para este nicho, o DramaFever (equivalente a uma Chunchyroll para dramas da Coréia do Sul). Isso sem contar com uma faixa dedicada na Rede Brasil. Atualmente a emissora paulista - que exibe os animês Os Cavaleiros do Zodíaco e Dragon Ball Z em horário nobre e em alta-definição - apresenta a reprise da série Happy Ending, que está em sua reta final. Em fevereiro será substituída por outro drama, A Lenda.
Tudo isso é resultado da união dos próprios fãs que fazem o fenômeno acontecer. Não sei você, mas isso me faz pensar no fandom brasileiro do gênero tokusatsu. Uma parte tem seus público fiel, que realmente valoriza materiais quando vem pra cá, reclamam pouco e são unidos. É o tal do "nicho do nicho". Fora dele não dá pra ver a coisa crescer como deveria. Infelizmente ainda se vê materiais licenciados sendo pirateados, desunião de fãs, falta de informação nas redes sociais, intolerância e até disputas (que só existem na mente de quem se acha que está sendo disputado). Claro que isso não implica ao fandom inteiro, veja bem. Tem muita coisa bacana sendo feita, principalmente na internet e com parcerias sérias.
A coisa vem mudando a passos lentos. Porém está longe de alcançar o mesmo fenômeno construído pelo fandom dos dramas e da música sul-coreana. Falta muita coisa ainda pra engrenagem andar mais rápido, a começar maturidade de algumas cabeças (que já passaram dos 30, diga-se). Talvez uma real ascensão do tokusatsu seja improvável ou anos-luz de acontecer. Porém não impossível. Basta cada um fazer sua parte e entender determinados conceitos.
Que o exemplo dos fãs de K-drama e de K-pop sirva de lição para quem, lamentavelmente, ainda não aprendeu com os nossos queridos heróis japoneses.
↧