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Dá pra entender a proposta de Mayoiga?

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Os passageiros do ônibus de viagem para Nanakimura

Quando li a sinopse do anime Mayoiga (The Lost Village) achei que a trama me levasse a mistérios sobrenaturais da meia-noite, me surpreendesse, me deixasse na ponta do sofá, que eu tomasse um susto na calada noite preta ou coisa parecida. Nem isso aconteceu. Assisti os dois primeiros episódios do anime e nem isso aconteceu.

Pra você entender o problema, Mayoiga conta sobre 30 jovens passageiros que embarcaram para uma cidade ilusória chamada Nanakimura. Cada passageiro com suas expectativas. Uns alegres, uns tristes, uns muito animados outros bem esquisitões. As pessoas que vão para lá querem ser livres de uma vida entediante.

Até aí o espectador pode esperar mesmo uma história que faça realmente jus a mistério/suspense/terror (como oficialmente é definido pela produção do estúdio Diomedéa). Só que Mayoiga vem cheio de personagens carismáticos, com ritmo engraçadinho e até rolou umas musiquinhas dessas que se cantam numa viagem feliz. Nada que venha a ser um musical ou coisa do tipo, entenda.

Outro problema de Mayoiga é o excesso de personagens. Acompanhe meu raciocínio: como um anime de apenas 12 episódios - total confirmado até o momento - vai cuidar de um 30 personagens de uma vez? O jeito vai ser eliminar alguém como num reality show. Aliás, essa foi outra impressão que tive do anime. Mas esse problema pra saber que gênero(s) pode(m) definir Mayoiga é um tragicômico. Você não sabe se é mistério, se é terror, se é suspense como a produção diz ou se é comédia, se é um reality ou se é qualquer outro gênero do tipo que o anime vem apresentando.

A roteirista Mari Okada (que também trabalha atualmente no anime Kiznaiver) parece ter dado uma crise de identidade. Não para algum personagem, mas para a própria trama.

Doraemon, a grande aposta da Sato Company para o mercado brasileiro de animes

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Doraemon e Noby, a dupla atrapalhada

Um bom fã de animes que se preze já deve ter ao menos ouvido falar de Doraemon. O gato-robô que veio do século XXII é um patrimônio da cultura pop japonesa desde 1969, através do mangá de Fujiko Fujio, publicado pela editora Shogakukan. Doraemon teve sua primeira série de anime em 1973 no canal Nippon TV com apenas 26 episódios (cada um com duas histórias). A segunda na TV Asahi entre 1979 e 2005. Alguns episódios desta versão foram distribuídos pela WTC Comunicações e exibidos na extinta Rede Manchete a partir de outubro de 1992, no programa Clube da Criança (onde o bichano ganhou uma música tosca cantada por Angélica).

A atual série de Doraemon começou em abril de 2005 e está entre os dez animes mais assistidos da TV japonesa, devido a sua exibição semanal no horário nobre da TV Asahi, nas noites de sexta-feira. Os primeiros 26 episódios desta versão foram licenciados pela Sato Company e estão disponíveis desde 10 de dezembro de 2014 via streaming pela Netflix.

O personagem é bastante querido no Japão e também em outros países. Não é errado dizer que o "super gato" (como assim a loira de pinta na perna o chamava nos anos 90) é equivalente à Turma da Mônica. Em 2008, Doraemon foi eleito pelo governo japonês como o embaixador dos animes e mais tarde como embaixador das Olimpíadas de 2020 em Tóquio.


A belíssima atriz Jacqueline Sato interpretou a "Canção do Doraemon" (Foto: Divulgação/Globo)

Doraemon pode ter histórias infantis, mas não tenha intenção nenhuma de retardar e muito menos subestimar a inteligência das crianças como certos programas do gênero atualmente. Muito pelo contrário. Doraemon é diversão garantida ao lado do atrapalhado garoto Nobita Nobi. O gato azul sempre traz consigo algum aparato futurístico para ajudá-lo em situações que acabam dando errado, na grande maioria das vezes. Sempre com momentos inusitados e imprevisíveis. As histórias sempre tem um proveito de lições de amizade e reflexões. Digno para ser assistido entre família e não deixa de ser opção para tirar o estresse (ou o seu mal humor de volta, amigo), independente de idade.

Infelizmente Doraemon não teve o sucesso que merecia aqui no Brasil nos anos 90. O empresário Nelson Sato está apostando forte no anime, planejando exibições na TV brasileira e licenciamento de produtos do personagem no mercado brasileiro. É válido, pois Doraemon é uma grande referência dos animes. Além do mais, ele é um diferencial que pode um dia quebrar o preconceito de leigos que pensam que desenhos japoneses se resumem a apenas animes violentos. Eu torço pra que Doraemon se popularize não só entre as crianças, mas que também caia no gosto de jovens e adultos. E que venham mais episódios.

O tema de abertura chamado "Canção do Doraemon" ganhou notoriedade com a interpretação - e doce voz - da atriz e cantora Jacqueline Sato. Ela é nada mais e nada menos que a filha do sr. Nelson Sato (com todo o respeito, que filha linda e talentosa!) e curiosamente é prima da apresentadora Sabrina Sato, da Record. A dublagem foi realizada no estúdio Zás Trás e os nomes dos personagens foram adotados da versão americana, apesar da matriz ser da versão original japonesa.

E antes que a molecada de hoje diga que "Naruto é melhor do que isso", o ninja loiro está bem longe de ter a mesma representatividade e currículo que Doraemon. Em outras palavras, o gato-robô está anos-luz de se tornar uma passageira modinha das bandanas e das orelhinhas. Assistir Doraemon e não se deixar cativar é impossível.

Identidades secretas de Haruka e Michiru são bobagens das mais inocentes em Sailor Moon Crystal

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Elas conseguem enganar? O pior é que sim

De vez em quando histórias com super-heróis e super-heroínas tem aquela pitada de inocência. A mais clássica de todas com certeza é quando Clark Kent usa seus óculos e ninguém acha aquele rosto familiar com o Super-Homem. É coisa que a gente tira de letra e isso é padrão nas HQs da DC Comics (como a Mulher-Maravilha, por exemplo). Em Sailor Moon também há essa inocência. Os amigos mais próximos de Usagi (ou Serena pra quem prefere assim chamá-la pela versão brasileira) e sua turma nunca perceberam a verosimilhança com as Sailors.

E no episódio desta segunda (18) de Sailor Moon Crystal rolou uma coisa que arranca risos de nós adultos que estamos acompanhando uma versão fiel ao mangá original de Naoko Takeuchi (e que um dia esteve no rol dos animes infanto-juvenis). É que Haruka e Michiru já apareceram para as heroínas principais desde os primeiros minutos desta nova temporada. No final do episódio da semana passada elas apareceram para as Sailors assumindo os codinomes Uranus e Neptune, respectivamente. Ninguém reconheceu elas. A coisa só não foi mais absurda pois as duas apareceram na análise como "suspeitas" de serem as novas Sailors.

Incrível como Haruka e Michiru enganam fácil os personagens da série. Nem uma criança mais inocente cairia nessa e as reconheceriam sem dificuldades. Falando nisso, é impressionante como Haruka se porta como homem, age como homem, se veste como homem. Até suas curvas são disfarçadas e sua voz é de homem. Quase a Shima do tokusatsu Changeman. Lembrando que a seiyu de Haruka/Sailor Uranus é de Junko Minagawa, que já interpretou personagens masculinos em outros animes.

Enquanto as Sailors são "enganadas", Haruka e Michiru se divertem com elas. Uma faz papel de machão e dá em cima de Usagi e outra posa de princesinha meiga e chama atenção de Mamoru.

Em Dragon Ball Super, Goku joga com o salto de tempo de Hit e é absolvido de vexames

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Goku revigora suas forças

Sem dúvida alguma, Hité o guerreiro mais poderoso do Sexto Universo. E Goku meio que serviu de "cobaia" para o crescimento do adversário neste torneio. Goku estudou todos os seus movimentos ao assistir o seu embate contra Vegeta. Ele que derrubou o príncipe dos Saiyajin com uma jogada humilhante. Ainda assim isso não tira o mérito de Vegeta, pois ele fez mais que seus colegas ao vencer três lutas seguidas.

Goku surpreendeu agora e voltou a ter aquele jeitão de sempre. Suas lutas contra Botamo e Frost (este último lhe derrotou de vez na primeira rodada) foram superadas pra tamanhos vexames que foram serem esquecidos pra todo o sempre. Goku está revigorado e jogou com a técnica de salto de 0.1 segundo de Hit. O guerreiro do Sexto Universo também analisou e jogou com os mesmos ataques de Goku. Ele não pode se transformar num Super Saiyajin, porém aumentou seu salto de tempo para 0.2 e depois para 0.5 segundos.

Goku conseguiu controlar o seu poder como Super Saiyajin Blue com a técnica Kaioken. A luta poderia acabar ali mesmo, e não vai acabar. Hit tem muito potencial pra mostrar e Goku (com sua sede de luta) não vai sossegar até ver o melhor do poder de seu oponente.

Mayoiga virou um reality show descontrolado e cheio de participantes burros

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Masaki, vítima ou inocente? (Foto: Reprodução/Crunchyroll)

Semana passada falei sobre o anime Mayoiga um dos animes que está no ar nesta temporada de primavera na TV japonesa (e aqui no Brasil está disponível via streaming pela Crunchyroll). Lá disse que a trama - que foi classificada oficialmente pelo estúdio Diomedéa como um anime de terror, mistério e suspense - começou como uma crise de identidade. Uma "cortesia" da roteirista Mari Okada, a mesma de Kiznaiver. Outro lançamento desta temporada e é bem interessante por sinal.

Outra impressão que escrevi naquele post foi que Mayoiga parece mais um reality show e que o jeito vai ser eliminar algum ou outro participante passageiro do ônibus destinado à Nanakimura. Assisti ao terceiro episódio da série e não deu outra, a impressão continua. Digo mais: é um reality show sem controle, sem regras e cheio de participantes que mal usam a inteligência. Com raríssimas exceções.

O episódio da semana começou com um fato estranho. Masaki foi convidada por Yottsun para dar uma volta. Seria nada demais se o sujeito não tivesse um visual, digamos, malandrão. O normal seria a garota rejeitar ou dar uma desculpa qualquer pra não ir, pois um cara assim não aspira confiança alguma. Mas Masaki foi burra. Ela foi com ele, ficou um tempo inconsciente, a garota acordou com marcas e roupa amarrotada, e Yottsun fugiu. A lógica é que Yottsun se torne suspeito a partir daí. Agora, amigos, incrível como os passageiros pensaram o contrário. Que foi apenas um pega ou um amasso qualquer e até pensaram ter sido um ataque de um urso. (Oi?!) O único personagem que tomou atitude, usou a cabeça e foi atrás do suspeito foi Valkana.

Outra coisa que vem me incomodando é o Mitsumune, o protagonista da série. O carinha é o tipo do rapazote que se interessou por Masaki, fica na dúvida pelo que sente pela garota que conheceu em apenas um dia e ficou com peninha da garota. Poxa, ao menos vá atrás de saber o que aconteceu com a sua amada, meu camarada. Não fica aí parado não. Mitsumune é tão inocente que ainda defendeu Jack, um passageiro que dizem ter sido preso numa penitenciária para menores e aqui tentou matar um de seus colegas de ônibus.

Falei de eliminação noutro parágrafo? Então, Mitsumune encontrou um corpo boiando. Quem foi o óbito só saberemos no próximo episódio. Pelo menos há algo interessante em Mayoiga: teorias da conspiração. Resta saber se isso vai salvar a série desses furos e se ao menos os elementos desse tal mistério vai ser bem trabalhado.

Revisitando os Ultra filmes no Brasil #6 - Superior Ultraman 8 Brothers (2008)

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Os oito irmãos Ultra

Com o sucesso do filme Ultraman Mebius & Ultraman Brothers - Yapool Ataca! nos cinemas japoneses em 2006 (leia mais aqui), a Tsuburaya criou uma expectativa no ano seguinte para mais um filme do Ultraman agendado para o outono de 2008. Na época muito se comentava sobre uma continuação. Até que foi anunciado o filme Superior Ultraman 8 Brothers - A Grande Batalha Decisiva. A ideia foi unir os principais Ultras das eras Showa e Heisei de uma forma diferente, explorando um estranho universo alternativo e com fortes mensagens de determinação. Sou suspeito pra falar, pois dos nove filmes lançados aqui no Brasil, este é o meu favorito. Tanto pelas homenagens quanto pelas "brincadeiras" e situações que os personagens passam no decorrer da trama.

No verão de 1966, três crianças - Daigo Madoka, Shin Asuka e Gamu Takayama (os alter-egos de Tiga, Dyna e Gaia) - estão ansiosas para assistir aquela que seria a série que marcou gerações no Japão e no mundo inteiro. No dia 17 de julho daquele ano, pontualmente às sete da noite, o canal TBS estreava a série Ultraman. A partir de então os três amigos se tornam grandes fãs do programa e sonharam com o que desejavam ser quando crescerem.

O tempo passou e agora como adultos os três amigos tem o Ultraman apenas como uma lembrança da infância e abandonaram os seus sonhos. Neste universo alternativo, o trio são amigos dos casais Shin Hayata & Akiko (de Ultraman), Dan Moroboshi & Anne (de Ultra Seven), Hideki Gô & Aki (de O Regresso de Ultraman) e Seiji Hokuto & Yuko (de Ultraman Ace). Obviamente, nenhuma das esposas tem os sobrenomes de origem (e tem seus sobrenomes de casamento omitidos). Daigo é namorado de Rena, que é filha de Hayata (uma referência ao ator Susumu Kurobe e a atriz Takami Yoshimoto serem respectivamente pai e filha na vida real), e os dois ficam na incerteza de casamento.

A cidade de Yokohama passa a acompanhar um estranho fenômeno que forma uma miragem no céu. Daigo passa a ter sonhos e visões dos Ultramen. Em alguns momentos com flashes do filme anterior (como a cena de transformação dos veteranos) e do desconhecido Ultraman Tiga - que sente conhecê-lo de alguma forma. Inesperadamente, surge o monstro Gesla (da série original) e passa a atacar a cidade. Subitamente aparece o Ultraman Mebius - também conhecido pela identidade humana Mirai Hibino (que está com o cabelo mais avolumado), que detém o ataque. Por algum motivo, Mirai se perde no tal universo Superior e conta para Daigo que está seguindo uma pista que lhe havia dito para unir os sete lendários Ultraman. A partir de então começa a busca dos tais heróis e recobrar suas memórias de "vidas passadas" e deter uma força maligna que está despertando os monstros.


As gerações Heisei (à esq.) e Showa (à dir.) da Família Ultra

Superior Ultraman 8 Brothers intensifica as homenagens e procura fidelizar as referências de alguma forma. Tal propósito levou a Tsuburaya a reproduzir a vista aérea de Yokohama de 1966 através de CG, baseada em informações de imagens e depoimentos da época. O cenário deu direito a reprodução da vinheta da Takeda Yakuhin (a indústria farmacêutica que patrocinava Ultraman e demais séries que passaram pelo bloco Takeda Hour na faixa dominical das sete da noite entre 1958 e 1974) e a narração de Koji Ishizawa. Uma volta ao tempo pra quem testemunhou isso no Japão.

O que não ficou claro foi o furo na passagem de tempo. É que pela idade de Daigo, Asuka e Gamu, eles estariam na faixa dos 30-35 anos. Ou seja, a história se passaria aproximadamente no início da década de 90. Mas assistindo ao filme a impressão que fica é que a história é contemporânea a produção. Sendo assim, matematicamente o trio seria formado por cinquentões. Apesar disso, esse detalhe não atrapalha em nada na diversão e pode ser levado como uma "brincadeira" do roteirista Keichii Hasegawa, quem sabe. A única coisa que pode ser confirmada na cronologia é que a trama se passa após os evento filme Mebius & Brothers e antes do final de Ultraman Mebius. É bom lembrar que no universo Superior dá-se a entender que foram exibidas apenas as quatro primeiras séries clássicas.

Neste filme vemos o casal Hayata e Akiko administrando uma loja de bicicletas. Essa é uma referência ao episódio 30 de Ultraman Leo (a série competa está disponível no Brasil via Crunchyroll) onde Susumu Kurobe e Hiroko Sakurai participam como outros personagens e nessa mesma função. Ainda no filme, Dan e Anne são donos do restaurante havaiano San Aloha, que é frequentado por Daigo e seus amigo. Na vida real Kohji Motsurugi e Yuriko Hishimi são proprietários de seus respectivos restaurantes: Joli Chapeau e Asian Taipei. Go, Aki e sua filha Megu tocam a oficina mecânica Sakata. Uma clara referência ao personagem Ken Sakata, o irmão de Aki em O Regresso de Ultraman. Até uma foto dele (interpretado pelo falecido Shin Kishida) surge na oficina, como homenagem. Já Seiji e Yuko administram a casa de pães Pompadour, situada no bairro Motomachi. Na série Ultraman Ace, Seiji trabalhava como entregador de pães antes de se tornar integrante da TAC.

O filme faz um link interessante com o filme anterior através de "flashes" de alguns momentos de ação. Coisa de deixar qualquer fã e amante de Ultraman louco. Tem um momento engraçado que diverte bastante. Pelo menos pra quem tem, pelo menos, noções sobre as referências às Ultra Series. Ou mesmo do filme Mebius & Brothers, quando Mirai o chama de "Hayata-niisan" (Irmão Hayata), que fica sem entender nada, e agradece por ensiná-lo que "os Ultramen não são deuses". Mais legal ainda é quando Mirai chama Gô de "Jack-niisan" (Irmão Jack) e também de "Shin Man" (Shin Ultraman) e de "Kaeri Man"(Kaettekittaa Ultraman). Esses dois últimos nomes eram chamados antes do nome Ultraman Jack ser adotado a partir de 1984. E outra cena cômica é quando Mirai desesperadamente pede para Seiji e Yuko fazerem o "Ultra Touch" com suas alianças de casamento, uma vez que os dois usavam estes anéis para se transformar em Ace na série original.

Não só por trazer os heróis clássicos (e também o Tiga) de volta, mas o filme é divertidíssimo. Ou senão o melhor já trazido para o Brasil. Além de divertir o público, a trama é reflexiva e trás várias mensagem de determinação e sobre consequências de escolhas erradas. E talvez seja esse o filme de Ultraman com maior número de participações através de cameos, dentre atores conhecidos em Ultraman e em outros tokusatsus. Só pra citar: Masanari Nihei (Ide em Ultraman) como um vendedor de doces, Nao Nagasawa (mais conhecida nas séries Super Sentai como a Hurricane Blue em Hurricaneger; participou dos episódios 13 e 14 de Ultraman Max) e Kazuhiko Andô (famoso por interpretar papeis nos anos 70 em séries como Fireman, Gunbarom, Tômei Dorichan, JAKQ Dengeki tai, Battle Fever J, etc) como os respectivos mãe e pai de Daigo, Akioshi Otaki (Munakata em Ultraman Tiga) como o chefe da divisão de turismo Munakata, Shigeki Kagemaru (Shinjô em Ultraman Tiga) como o diretor da FM Yokohama Shinjô.


As esposas dos veteranos da Irmandade Ultra

Mais participações? Então lá vai. O produtor Kiyoshi Suzuki e o diretor Takeshi Yagi (que idealizou a simples representação do bem e do mal através da aparição dois personagens chaves) aparecem como figurantes no filme. Outra breve participação é do ator Kazami Shingo, que havia participado em Mebius & Brothers numa ponta, surge num cameo como Dr. Kido. Uma provável versão alternativa de Kido, seu personagem nos dois primeiros filmes de Ultraman Cosmos.

E claro. O filme reúne vários atores, em sua maioria das Ultra Series. Indispensável citar os veteranos Susumu Kurobe (Hayata/Man), Kohji Moritsugu (Moroboshi/Seven), Jiro Dan (Gô/Jack), Keiji Takamine (Hokuto/Ace) e a volta dos protagonistas da atual era Hiroshi Nagano (Daigo/Tiga), Takeshi Tsuruno (Asuka/Dyna), Takeshi Yoshioka (Gamu/Gaia) e Shunji Igarashi (Mirai/Mebius). Além de demais participações importantes como Hiroko Sakurai (Akiko em Ultraman), Yuriko Hishimi (Anne em Ultra Seven), Rumi Sakibara (Aki em O Regresso de Ultraman), Mitusko Hoshi (Yuko em Ultraman Ace), Takami Yoshimoto (Rena em Ultraman Tiga), Risa Saito (Ryo Yumimura em Ultraman Dyna), Ai Hashimoto (Atsuko Sasaki em Ultraman Gaia).

As referências não param por aí. O kaiju Giga Khimaira seria originalmente um "quimera" (como o seu nome sugere de cara) dos monstros GomoraRed King (ambos de Ultraman), Eleking (de Ultra Seven), Twin Tail (de O Regresso de Ultraman), Vakishim (de Ultraman Ace), TyrantAstromons (ambos de Ultraman Tarô) e Monsarger (de Ultraman Dyna). Possivelmente a combinação foi rejeitada por ser bastante complexa. A título de curiosidade, Tyrant foi uma mescla de outros monstros.

Superior Ultraman 8 Brothers - A Grande Batalha Decisiva era uma continuação que estava sendo bastante cogitada depois do lançamento do primeiro filme de Ultraman Mebius. As primeiras pistas divulgadas no final de 2007 já indicavam Ultraman Tiga como o protagonista ao lado dos quatro Irmãos Ultra. Enquanto os demais foram divulgados com o tempo. Quem acompanhou as notícias da época, a primeira impressão que ficou era de um "abandono às cronologias". Mas o filme criou uma enorme expectativa. Três meses antes do lançamento (que aconteceu em 13 de setembro de 2008) o filme bateu recorde de vendas de ingressos antecipados: cerca de 55 mil.

Bom, o envolvente tema principal "LIGHT IN YOUR HEART" foi cantado pela boy band V6 (do qual Nagano é integrante), que interpretou o tema de abertura de Ultraman Tiga ("TAKE ME HIGHER").


Hiroshi Nagano e sua banda V6 em divulgação do single-tema do filme

A primeira exibição brasileira de Superior Ultraman 8 Brothers se deu na noite de 18 de julho de 2010 no Canal Max (do grupo HBO) onde ganhou o horrendo título "Super Herói Ultraman: 8 Irmãos", apenas com áudio original e legendas em português. No final de 2011, a Focus Filmes lançou o mesmo em DVD num pacote que incluía outros seis filmes da franquia. Atualmente está disponível no serviço Netflix desde 1 de maio de 2015.

Na dublagem da Dubrasil/Rio Sound retornam os respectivos intérpretes brasileiros dos heróis nos filmes anteriores. Destaque para Eduardo Borgerth que voltou a atuar como Daigo/Tiga desde a dublagem de Ultraman Tiga: A Odisseia Final (em 2006 pela Áudio News). Emerson Camargo, a icônica voz de National Kid, atua (mesmo aposentado) como narrador e o Super Alien Hipporito (chamado na versão brasileira como "Hipólito"). Vale mencionar a volta de Marilisi "Shina" Tartarini (in memorian) como Aki. Curiosamente, Zodja Pereira (mãe de Hermes Baroli e que esteve junto com o filho na direção de dublagem deste e de outros filmes do Ultraman) interpreta Yuko, colecionando mais um trabalho em tokusatsu ao lado dos clássicos Jiraiya, Goggle V, Machineman e Jiban (esta última em 2011 na dublagem dos dois episódios finais).

PS: A série de post sobre os filmes do Ultraman volta daqui a duas semanas, no dia 6 de maio. Na próxima sexta teremos um especial de nostalgia aqui no blog. Schwatch!

Batalha entre Goku e Hit poderia ir longe demais em Dragon Ball Super

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Goku e Hit nas finais do torneio

Poderíamos ter uma luta de vida ou morte na penúltima rodada do torneio entre os guerreiros do Sexto e do Sétimo Universo. O embate entre Goku e Hit estava chegando aos limites. Tanto que Goku pediu para suspender as regras da competição. Seria demais, pois Hit é um oponente periculoso e poderiam matar Goku com todas as suas forças. Repare, Goku queria ver o poder máximo de Hit, mas sabe-se que suas técnicas são assassinas. Por outro lado, o guerreiro mais poderoso do universos alternativo respeitou as regras e não usou de trapaça como o seu colega Frost (a contraparte de Freeza).

Goku resolveu abrir mão do jogo para um dia lutar novamente contra Hit e longe de regras. Isso jogou a vitória do Sétimo Universo contra a parede. Só não foi na lata do lixo por causa do estranho golpe do Monarca. Hit perdeu apenas com um golpe de um guerreiro baixinho que aparenta ser fracote. Não sei se foi subestimação minha ou se Hit caiu de propósito. A impressão de que tive no começo foi de que Hit foi de que aquela luta não valeria a pena e se entregou. Goku era um guerreiro bem mais forte e digno de uma luta empolgante a ponto de medir forças.

Ultraman a la Decade; é tudo o que a Tsuburaya precisava para as comemorações de 50 anos do clássico

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Hideo Ishiguro como Gai Kurenai/Ultraman Orb

Neste fim de semana a Tsuburaya anunciou oficialmente a série Ultraman Orb. O novo membro da Família Ultra tem estreia marcada para o dia 9 de julho de 2016, dentro do bloco New Ultramen Retsuden. Para quem não sabe, este programa está no ar desde julho de 2011 e outrora era chamado apenas de Ultraman Retsuden (apresentado nada mais e nada menos por Ultraman Zero). Desde o último dia 2 de abril o bloco inaugurou seu mais novo horário na faixa das nove da manhã de sábado (o quarto desde o lançamento). Até março era exibido às terças-ferias no começo da noite e ocupou a faixa por dois anos.

Isso significa que se Ultraman Orb for lançado mundialmente via streaming pela Crunchyroll, assim como Ultraman X no ano passado, nós brasileiros poderemos acompanhar a nova série todas as sextas à noite (a partir de 8 de julho), se tudo der certo. Sinceramente espero que as fansubs ajudem nesse ponto, não pirateiem Ultraman Orb e aprendam a incentivar os títulos oficiais por aqui (coisa que fansubs de outros países fazem em respeito). Pois já é bastante difícil ter materiais oficiais de tokusatsu no Brasil e (vamos ser honestos, amigos) a Tsuburaya não está investindo dinheiro pra ser torrado por cópias ilegais, presumindo que a série tenha ou venha a ter DIREITOS em nosso país. Os fãs tem que ter essa consciência, ajudar o tokusatsu no Brasil e parar de reclamar de barriga cheia. Aliás, nada melhor do que você assistir com todo mundo ao invés de atrasar e ficar esperando o fim de semana passar pra assistir, né? Milagres de uma "arara vermelha" com uma "garça violeta" que não dá pra trocar de experiência.

Voltando sobre a série: Gostei de saber que o novo herói poderá se transformar em outros Ultras. Coisa que já vimos em séries da Toei como Kamen Rider Decade e Gokaiger. Ambas foram comemorações de Kamen Rider e Super Sentai. Nada mais justo num ano de comemoração de 50 anos do Ultraman original. Agora o interessante é que até aqui foram divulgadas três formas alternativas de Orb. A primeira é uma fusão entre Tarô e Mebius, a segunda entre Zero e Jack e a terceira entre o Ultraman original e Tiga. Haverá também elemento de cards assim como em Ultraman X. O que não é exclusividade da Tsuburaya. Outro fato que me chamou mais atenção no anúncio foi a declaração do diretor Kiyotaka Taguchi que disse que a produção quer fazer um Ultraman com "ideias livres". O que provavelmente deve prender atenção do público e atrair novos fãs.

Já estou fazendo a contagem regressiva e na expectativa de acompanhar religiosamente Ultraman Orb antes de dormir nas madrugadas de sexta pra sábado.

Haruka é a maior Don Juan da história de Sailor Moon Crystal

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Haruka no momento em que conversava com Usagi (Foto: Reprodução/Crunchyroll)

Não sei qual a sua reação ao ver semanalmente Sailor Moon Crystal. A terceira temporada está em sua quarta semana e, como eu disse dias antes da estreia, Haruka e Michiru brilhariam mais que a própria Usagi e seu amado Mamoru. O casal gay está causando e roubando cenas. Haruka tem mais impacto por ser mulher e trajar como homem. Já era de se esperar, pois a história é fiel ao mangá original de Naoko Takeuchi e os tons ganham um toque de romantização na TV.

Foi aí que surgiu uma cena pra lá de inusitada, por mais séria que seja. Usagi já vem suspeitando que Harukaé parecida com Sailor Uranus. Os dois (digo, digo, as duas) se encontram e Haruka posa com charme de "Don Juan" pra cima de Usagi lhe entregando convites para o concerto de Michiru e um pouco mais de papo cá e charminho pra lá. O curioso é a reação de Usagi que fica confusa ao pensar se Haruka é homem ou mulher. Rolou até uma BGM (trilha de fundo) que toca profundamente e tal.

Entenda, meus comentário não são pra apoiar nem desapoiar o lesbianismo. Mas isso vem sendo bem engraçado em Sailor Moon Crystal. É que Haruka tem ganhado um tratamento mais fidedigno ao mangá e isso está caindo bem na atual versão do que na versão antiga dos anos 90 que tinha uma pegada mais cômica. O jeitão sexy de Haruka ser é confuso pra quem não é um bom observador e esse "suspense" na trama é que acaba divertindo involuntariamente o telespectador. Não tem jeito.

Tokusatsu e binge-watching: a combinação que irá declarar oficialmente o obituário do velho formato da TV

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Ultraseven X é a mais nova série tokusatsu no Brasil (Foto: Divulgação/Netflix)

A grande parte do público que curte tokusatsu no Brasil viveu a geração Manchete e alguns a geração dos heróis cult como Vingadores do Espaço, Robô Gigante, Spectreman, Ultra Q, Ultraman, Ésper, etc. No geral, a era do tokusatsu na TV brasileira se deu entre a estreia de National Kid nos anos 60 até a última exibição de Ryukendo em 2011. (Rede Brasil e derivados que fazem transmissões piratas não contam. Por favor, não insista.) Isso sem contar com eventuais exibições de Power Rangers. Aos poucos os resquícios da era em que as emissoras andavam na contramão das tradicionais exibições semanais da TV japonesa para exibir os episódios de tokusatsu diariamente está chegando ao fim.

Hoje estamos em uma nova era em que o tokusatsu está crescente nos serviços oficiais de streaming. Por enquanto apenas a Netflix e a Crunchyroll são os que possuem títulos do estilo em seus catálogos. É fácil encontrar séries e filmes das franquias Ultraman e Power Rangers. Daqui a pouco haverá o a invasão dos clássicos da era Manchete. Não dá pra reclamar nem muito menos dizer "o Brasil não tem mais tokusatsu". Isso é balela, coisa de saudosista que ficou escorado no paredão do tempo.

Quem é marinheiro de primeira viagem e está começando a acompanhar o tokusatsu por estes meios (ou mesmo série inéditas no Brasil por meios alternativos) provavelmente deve estar passando pelo efeito de maratonas chamado binge-watching e não faz ideia do que é esperar dias/semanas para chegar até o final da série. Vou mais longe: imagine ter que esperar cerca de dois anos e meio para ver o final do Jaspion e reprises infindáveis segurando o suspense e a audiência.

Maratona não é uma novidade de hoje, mas está se tornando uma coisa comum em vários nichos da cultura pop. Coisa que se deve à influência positiva da Netflix e isso se elevou mais ainda nos últimos três anos com o crescimento das suas Originals (séries exclusivas que consequentemente recebem o selo do serviço). Indo para o lado das séries japonesas - anime e tokusatsu, a TV japonesa ainda exibe suas séries semanalmente com cronogramas de médio/longo prazo para concluir. Dificilmente essa realidade irá mudar. Tal elemento é o forte dos serviços como Crunchyroll e Daisuki. Por um lado isso é bom pois ainda existe o hábito de comentarmos episódios semana após semana (e, sem desmerecer, nos livra dos atrasos das fansubs). Quem me acompanha por este blog percebe que isso é uma das coisas que alimenta a coluna, apesar de requerer tempo, foco e um certo drible pra acompanhar as principais séries do momento.

O efeito binge-watching tem uma vantagem: Ultraseven X, por exemplo, foi lançado em 1 de abril. Por questão de tempo e de compromissos eu ainda não consegui pegar um domingo inteiro para torrar todos os 12 episódios. O jeito foi assistir um episódio por dia e concluir dessa forma. Mas muita gente conseguiu assistir em uma ou duas sentadas. Já fiz essa experiência com algumas séries e é bacana você acompanhar tudo de uma vez. Você não fica dependendo de horário de TV e você mesmo cria sua própria grade. Sabe, você até esquece que a TV existe e não fica por aí pedindo pra ver alguma série ou filme japonês na TV. Não tem como mais. Daí vem a parte dramática da história, a série acaba mais rápido e você quer ver uma ou outra série. Em outras palavras, é uma "ejaculação precoce" de séries.

Agora estamos no final de abril. Ultraseven X estava muito badalado nas duas primeiras semanas e ainda mais pela dublagem surpresa. Já não é mais novidade pra ninguém e em menos de um ciclo inteiro da lua o lançamento virou uma nota fria. Aumentou mais ainda a expectativa de ver Garo na Netflix que em questão de poucos dias de lançamento vai ficar pra trás. É um lado que gera uma certa pressão pra assistir e acompanhar os lançamentos. Nem sempre é fácil.

Como blogueiro, a minha vontade é de assistir tudo. Ainda tenho muitas séries e filmes na lista pra assistir. É angustiante você não poder assistir a tudo quando se tem outras prioridades pessoais, metas pra alcançar, interesses variados e vontade pra respirar outros ares. Mas faz parte da vida de quem toca o barco. Confesso que sou meio tradicional ainda e assisto uma ou outra série por semana. É o que eu faço atualmente com Ultraman Leo, por exemplo. Um ritmo ainda antiquado (brincar de TV japonesa) diante aos novos tempos, confesso, mas que estou procurando me adaptar e deixando de lado o antigo formato. É algo que preciso fazer e dividir as séries que chegam de uma vez por temporada, sendo que esse fato é uma realidade no cenário da cultura pop japonesa. Mas não é fácil quando olho pra imensidão de programas que quero assistir (e resenhá-las) e outras que eu tenho e quero fazer. Sei que vou conseguir com o tempo. Bem, cada um tem o seu próprio ritmo. O importante é que as séries estão disponíveis pra vermos quando quisermos e a hora que quisermos. Essa é a vantagem que mudou o jeito de acompanhar essas tralhas inúteis que a gente tanto gosta.

Os nichos do cinema, das séries americanas e dos animes estão evoluindo. Restam alguns fãs do "verdadeiro tokusatsu" saírem da estagnação, acordarem pra vida e enxergar esse caminho pro futuro.

Série clássica de Sailor Moon estreava há 20 anos no Brasil

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As marinheiras que agitaram os fins de tarde da Manchete

Sailor Moon ainda é uma marca forte no Japão e é uma das grande referências dos animes shoujo. E nesta sexta-feira (29) a série clássica completa 20 anos de sua estreia no Brasil. Alguns se referem à esta fase como "Sailor Moon Classic", o que é errado por não ser um título oficial registrado (e ainda por cima inventado por algum fã).

Enfim, durante as primeiras chamadas da Manchete, nos idos de 1996, fiquei curioso pra saber que desenho era aquele onde uma loirinha dizia "pelo poder do prisma lunar" e tinha uma transformação bem diferente e bonita até. Apesar de fugir um pouco da linha poética/romantizada da autora Naoko Takeuchi, o anime de Sailor Moon possuiu episódios fillers isolados para ganhar tempo com o andamento do mangá e foi carregado de comédia. O que não é ruim, apesar de alguns puristas afirmarem que é a primeira versão produzida pela Toei Animation"não é legal". Nada de tão boboca como uma Super Doll Licca-chan ou uma Super Pig, por exemplo.

Se tem uma coisa que a primeira série de Sailor Moon me faz ter arrepios até hoje é a sua trilha sonora. Principalmente as BGMs de transformação (tanto para Sailor quanto para disfarce). Certamente os mais novinhos não vão sentir nada disso, mas quem viveu a época de ouro dos animes na Manchete sabe do que eu tô falando. Eu pelo menos não consigo descrever tamanha emoção.

A Manchete precisava de algo diferente pra não ficar na mesmice das reprises de Seiya e cia. Sailor Moon foi a primeira a surgir por lá numa leva de novos animes que estavam chegando à saudosa emissora carioca dos Bloch e em outros canais como SBT e Record, por exemplo. Foi a primeira depois da febre de Os Cavaleiros do Zodíaco, apesar de não ter sido popular entre as meninas como a Samtoy queria e ter seus produtos encalhados nas lojas. Bom, fez sucesso com os garotos (como eu) que acompanhava e estava em casa antes das cinco e quarenta e cinco da tarde.

A dublagem era da Gota Mágica, a mesma de CdZ entre 1994 e 1995. Marli Bortoletto até hoje é lembrada por seu trabalho como a "marinheira lunar". Com direção do grande Gilberto "Saga de Gêmeos" Baroli, a tradução foi feita em cima das masters com dublagem mexicana. Infelizmente o elenco de dublagem do anime original de Sailor Moon não voltou para dublar as séries seguintes (R, S, Super S e Stars). Nos anos 2000 estas mesmas foram exibidas no Cartoon Network, com distribuição da Cloverway. Não houve informação da empresa que a primeira série passou nos anos 90 - apesar dos avisos dos dubladores - e obviamente causou um susto no espectador ao ligar a TV e se deparar com outras vozes. Ainda sobre a Gota Mágica, um erro grotesco foi cometido. É que a direção só notou que Darien (Mamoru no original) e Tuxedo Mask são a mesma pessoa depois dos primeiros episódios. (Pô, Gilberto! Ajuda aí, meu!) Daí a mudança de voz de Darien como civil. A primeira versão brasileira de "Moonlight Densetsu", feita por Mário Lúcio Freitas (dono da Gota Mágica e responsável por tantos outros temas nacionais de animes da época), se tornou um dos hinos da nostalgia noventista no Brasil. Quem cantava era sua esposa, Sarah Regina que é uma profissional competente que deixou sua voz marcada em animes como Angel, Cavaleiros, etc.

Se você é daqueles que passou a conhecer Sailor Moon através da série Crystal, dê uma boa googada e se divirta. Comparar as situações serão inevitáveis e melhor ainda se for de mente aberta.

Pela última vez: Jaspion e cia redublado é só e somente só um boato

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Jaspion redublado? Quem foi que disse essa sandice?

Faz quase um ano que a Sato Company divulgou a aquisição das séries de tokusatsu Jaspion, Changeman, National Kid, Flashman, Jiraiya e Jiban e que em breve as mesmas estarão na Netflix. (Antes que me perguntem sobre Kamen Rider Black, assista esta entrevista do Nelson Sato para o site Jbox) Nada oficial no momento pelo serviço on demand de streaming, mas vai rolar. Se você acompanha o canal Tokudoc, do amigo Danilo Modolo, deve saber da informação que ele obteve em primeira mão sobre o motivo da demora. Assista neste link.

Então, em plena era digital e informações a mais de oito mil, a falta de informação ainda impera em alguns pontos das redes sociais. A internet facilitou também o espaço para a boataria. Por exemplo, numa página do Facebooké possível você ver comentários desavisados do tipo "ah, que legal", "quando é?", "vão passar todos os que passaram na Manchete". Tem também do tipo "burocracia da Toei" (Cuma???) e por aí vai.

A falsa nota que mais me incomoda é sobre a suposta redublagem. Isso porque alguém da imprensa interpretou errado quando a nota exclusiva do Jbox falava sobre o custo de dublagem de uma série inédita como Garo (outra aquisição da Sato Company) e confundiu com a dublagem das séries clássicas. Desde então isso viralizou como se fosse mesmo verdade. Sendo que o próprio Jbox desmentiu o assunto numa nota sobre a aquisição do anime Street Fighter II pela distribuidora. Isso não vai acontecer, até onde realmente se sabe, e há chances sim de vir com a dublagem clássica. Redublagem representa mais gastos e a Sato não conseguiu bancar a dublagem do filme Mordomo de Preto, que foi uma exceção dentre os vários títulos licenciados da Sato e que ganharam dublagem.

Então, antes de espalhar boatos e acreditar em qualquer baboseira, pesquise. Nesse meio tempo eu já vi muitos fãs (da Manchete, óbvio) acordando do inverno como se fosse urso, sites não especializados em tokusatsu noticiando com meses de atraso e teve até quem teimou dizendo que "isso é um boato da própria Sato já que a Netflix não confirmou nada ainda". De boa, seja fã de tokusatsu, mas não viaje demais no saudosismo. Um pouco de atualização, boa informação, bom senso e pés no chão não faz mal a ninguém. E digo mais: o mal do brasileiro vem por não pesquisar sobre licenciamento antes de fazer qualquer mimimi por aí.

Em Dragon Ball Super, Bills mostra quem realmente ele é

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Bills no episódio deste domingo (1)

No episódio desta semana de Dragon Ball Super tivemos a aparição do Super Shenlong, a divindade que surge com a união das sete Super Esferas do Dragão. Sua aparição foi bem diferente do que estamos acostumados a ver na franquia e foi um verdadeiro espetáculo.

Uma das coisas que mais chamaram atenção foi o tal pedido (o único) que foi feito por Bills. O pedido foi feito através da língua dos deuses. Quando Bulma pergunta ao deus da destruição sobre qual foi o pedido, ele responde algo como pedir para ajeitar a cama. Uma alegação bem estapafúrdia. Quase tive um troço ao pensar que era verdade. Mas o que aconteceu mesmo foi que O Sexto Universo, do qual Champa defende o título de deus da destruição, foi restaurado. Ou seja, a civilização que havia sido destruída foi ressuscitada.

Quer dizer, Bills pode ser um deus rabugento, irritado e que destrói tudo por qualquer besteirinha que seja. Porém possui um bom coração. Ajudou o seu rival, mesmo que ele tenha levado isso como uma "insolência". Bills seguiu aquele velho provérbio que fala sobre fazer o bem sem olhar a quem. Exemplo e tanto.

Romantismo de Usagi e Mamoru já não tem mais a graça de antes, e a culpa é toda de Haruka/Michiru

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O beijo da reconciliação de Usagi e Mamoru (Foto: Reprodução/Crunchyroll)

Não sei se você chegou a ter a mesma impressão que eu, mas ao assistir a atual temporada de Sailor Moon Crystal a sensação é que o casal Usagi e Mamoru (os alter-egos de Sailor Moon e Tuxedo Mask) perderam a graça. Dias antes da temporada de primavera começar eu havia dito que o casal gay Haruka e Michiru iria brilhar mais do que tudo e que todos. Disse também no mesmo post que Usagi e Mamoru tinha seus rivais garantidos.

E é bem isso mesmo que está acontecendo. É claro que Usagi e Mamoru formam um belo casal, são fofos e tal, e são os principais da trama. Só que simplesmente Haruka e Michiru estão com tudo. Não por serem apenas um casal gay ou coisa do tipo. (Nem estou apoiando ou desapoiando, entenda.) Mas é que em Sailor Moon as duas causaram polêmica por onde passaram. Nos EUA, por exemplo, foi alegado que elas eram primas. Só uma criança de 10 anos cairia nesse conto fácil fácil. Já em Sailor Moon Crystal, que está seguindo fielmente à romantização da mangaká Naoko Takeuchi, as lésbicas tem mais destaque. Ambas tem seus mistérios quanto às identidades secretas (que são bem óbvias pra gente que assiste e as conhece de longa data). Sem contar que elas acabam divertindo ao dar em cima do casal principal.

Quem chama mais atenção é Haruka nos momentos em que tenta conquistar Usagi. No episódio desta segunda (2) aconteceu mais uma vez e de forma sofrida. Haruka tentou conquistá-la de um jeito meio cafajestão e recuou quando Mamoru chegou. Bem, depois da cena Mamoru e Usagi conversaram, se entenderam, acertaram os mal entendidos e se beijaram. Ok. Até aí tudo bem. Só que a coisa ficou um mais no mesmo. Fica faltando algo a mais, uma intriga ou seja lá o que for. A culpa não são deles e também não posso culpar Naoko por isso. Nem se deve mexer e fillers tem mesmo que ser evitados, se tratando de uma obra praticamente fiel.

O que rola de fato é que Haruka e Michiru estão tendo seus quinze minutos de fama em Sailor Moon Crystal e não é pra menos. Usagi e Mamoru estão bem ofuscados e isso é temporário.

Taylor Swift em X-Men é uma jogada de marketing troladora da Turner

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No ano passado surgiu um rumor de que a cantora pop Taylor Swift estaria no filme X-Men: Apocalipse. Isso porque o produtor Simon Kinberg havia publicado na época uma foto em que a cantora aparecia ao lado dele e dos atores James McAvoy e Sophie Turner. Os respectivos intérpretes do Professor Xavier e da Jean Grey.

O que era apenas uma simples foto de fã acabou virando um poço de rumores e mais rumores. A Turner publicou semana passada em sua conta no Twitter uma imagem oficial do novo filme onde Jean Grey e Ciclope (interpretado por Tye Sheridan) aparecem - no estilo do filme (500) Dias com Ela - numa loja de discos com um vinil de Cristal (heroína-catora da qual especularam ser interpretada pela artista). A legenda da foto dizia: "Aquela vez em que eu e Ciclope fomos ao shopping e encontramos o álbum de nossa cantora favorita - antes de 1989, é claro". Coincidentemente ou não, o mais novo álbum de Taylor Swift chama-se "1989". Não dá pra saber se a intenção da Turner foi fazer uma pegadinha ou se foi uma mera referência. Seja lá o que tenho sido isso, atiçou ainda mais as supostas "pistas" para a aparição da cantora que foi desmentida por um porta-voz de Taylor.

Se a nota fosse um fato consumado, seria mais um caso onde uma artista entraria apenas por ser um rostinho bonito - somado ao seu sucesso musical do que um talento específico para o cinema. Em X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido foi escalada a atriz Jennifer Lawrence, por seu sucesso na série de filmes Jogos Vorazes. Ela estará mais uma vez em Apocalipse como a Mística. Jennifer até se saiu bem, mas não tanto como sua Katniss Everdeen. Com Taylor Swift uma heroína de HQ poderia causar uma certa estranheza, a não ser por ela e por Cristal serem cantoras, já que é uma peculiaridade em comum. Taylor se sai melhor em filmes dramáticos como O Doador de Memórias, por exemplo, que foi bem aceito pela crítica e ela esteve presente. No caso de um blockbuster como X-Men isso poderia soar como mais um proveito de carreira, o sucesso e/ou a beleza do que propriamente um talento adequado para um filme específico de super-herói.

De qualquer forma, toda essa situação - sabe-se lá se proposital ou não - não deixa de ser referência à cantora, que só quis tirar uma foto nos bastidores. Além de ser uma jogada de marketing tremenda pra pegar desavisados.

Cyborg 009 VS Devilman, o mais novo crossover a ser testemunhado mundialmente

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O encontro de dois univesos da animação japonesa

Sempre disse em várias oportunidades neste blog que o streaming é a alternativa certa de veiculação de produções japonesas em tempos onde emissoras de TV aberta e paga estão se distanciando cada vez mais desse tipo de produto. No Brasil e em outros países fora do Japão algumas séries de anime da atual temporada estão em exibição via serviços Crunchyroll e Daisuki, que costumam lançar episódios em transmissão simultânea (simulcast) para serem assistidos a hora que quisermos e de forma mais rápida/segura. A Netflix tem dado os seus próprios passos para investir nesse mercado e surpreendeu a muitos quando adquiriu os direitos de transmissão mundial (porém sem o selo de exclusividade) da série Cyborg 009 VS Devilman, coincidindo com o lançamento da nova safra de animes para abril.

Série clássica de Sailor Moon estreava há 20 anos no Brasil

Ultraseven X é a mais nova opção para os amantes de ficção científica

O OVA (Original Video Animation), produzido em parceria pelos estúdios Bee Media e Actas foi lançado há pouco tempo no Japão, em outubro de 2015. O crossover de três episódios (batizados como "act") traz de volta dois clássicos heróis do mangá e da animação japonesa. Cyborg 009, do saudoso mangaká Shotarô Ishinomori (o pai dos Kamen Riders) e Devilman, do veterano Go Nagai (autor de títulos famosos como Mazinger e Cutie Honey). Este mesmo encontro rendeu uma adaptação em mangá chamada Cyborg 009 VS Devilman: Breakdown e uma novel chamada Cyborg 009 VS Devilman Treacheries: The Traitors, que serviu como uma prequel dos eventos do OVA. Como marketing estratégico, o OVA foi anunciado como trabalhos separados de ambas as séries. De um lado seria um anime dirigido por Jun Kawagoe (que está de fato no staff) para comemorar os 50 anos do mangá anunciado em março de 2015, e de outro um anime de Devilman anunciado em abril de 2014.

Os eventos de cada série (as versões originais eram produzidas pela Toei Animation) se cruzam quando um aviso iminente sobre uma invasão de demônios chega ao grupo dos nove 00 Cyborgs. Pensando ser um ataque da organização Black Ghost, a equipe liderada por Joe Shimamura se vê diante de um violento ataque maciço de criaturas das trevas. Para ajudar os Cyborgs, o jovem Akira Fudô passa a reforçar a batalha contra a união das forças do mal, antes que haja uma terrível criação que funde máquina e demônio.

Cyborg 009 VS Devilman foi distribuído mundialmente com o áudio original japonês e dublagem americana. Nesta última versão o destaque fica para Johnny Yong Bosch, o Adam de Power Rangers, que é conhecido por lá também como dublador de animes. Os temas de abertura "Cyborg 009 ~Nine Cyborg Soldiers~" e encerramento "Devil Mind ~Ai wa Chikara~" foram interpretados pela banda JAM Project (Hironobu Kageyama, Masaaki Endô e cia).

O OVA está disponível no Brasil via Netflix desde 1 de abril de 2016.


Bônus: Cyborg 009


Criado por Shotarô Ishinomori, a série foi publicada originalmente pela Shonen King, entre 1964 e 1981. A história contava sobre nove humanos que foram sequestrados pela organização maligna Black Ghost e foram transformados em ciborgues e passaram a adquirir super poderes. Os 00 Cyborgs (tendo como o protagonista Joe Shimamura/Cyborg 009) se rebelam e lutam contra Black Ghost, que pretende começar a Terceira Guerra Mundial.

O sucesso de Cyborg 009 rendeu dois filmes animados no cinema pela Toei Animation em 1966 e 1967 (exibidos no Brasil pelo extinto circuito de cinemas do bairro da Liberdade, em São Paulo) e mais tarde uma série animada de 26 episódios exibida originalmente pela NET (atual TV Asahi) sempre às noites de sexta-feira na faixa das sete e meia da noite entre abril e setembro de 1968. Apesar de já existir transmissão em cores, o anime foi lançado ainda em preto e branco e com produção precária. Esta mesma versão foi exibida no Brasil pela extinta TV Tupi entre o final dos anos 60 e início dos 70. Uma segunda série foi produzida pela Toei, em parceria com a Sunrise, entre março de 1979 e março de 1980. Com o total de 50 episódios, a série inédita no Brasil foi concluída no filme Cyborg 009 Contra o Monstro do Mar, lançado em vídeo por aqui.

Entre 2001 e 2002 os estúdios Japan Vistec e Avex Mode produzem uma terceira série de 51 episódios exibidos no Brasil pelo canal pago Cartoon Network, em 2004. Os traços foram fiéis à obra de Ishinomori e ganhou um final inédito no manga. Cyborg 009 rendeu também dois games em 2002 e 2003, um áudio drama em 2009 e um filme para cinema em 2012.


Bônus: Devilman


Gô Nagai, antes de criar Devilman, era assistente de Shotarô Ishinomori e colaborou junto do seu mestre para o mangá de Cyborg 009. Publicado nas páginas da Weekly Shonen entre 1972 e 1973, Devilman ganhou uma versão animada pela Toei entre julho de 1972 e abril de 1973, totalizando 39 episódios exibidos pela NET (TV Asahi), sempre aos sábados às oito e meia da noite.

Teve um retorno aos mangás com o título Shin Devilman (Novo Devilman) entre 1979 e 1981, três séries novels, dois OVAs de 50 minutos cada e um filme live-action em 2004. Devilman e outros personagens da trama apareceram em outros trabalhos de Go Nagai. O mais notável foi no filme Mazinger vs. Devilman (1973), do diretor Tomoharu Katsumata. Este foi o primeiro crossover tanto de Devilman quanto da série Mazinger.

Devilman conta sobre o jovem tímido Akira Fudô que passa a adquirir poderes demoníacos para defender a humanidade contra as forças do mal. O anime original de Devilman é inédita no Brasil. Vale mencionar que sua concepção do personagem veio de outra obra de Nagai, do mangá Demon Lord Dante, de 1971. A série animada de 2002 baseada neste mesmo mangá foi exibida no Brasil pelo extinto canal pago Animax e esteve até pouco tempo em exibição pelo serviço Netflix.

Revisitando os Ultra filmes no Brasil #7 - Mega Batalha na Galáxia Ultra (2009)

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Os líderes supremos da Família Ultra

Quem acompanhou o desenrolar do tokusatsu no Japão em 2009 (o Brasil também teve novidades interessantes em paralelo), sabe que Kamen Rider rendeu duas séries que deram o que falar. Em 12 de dezembro daquele ano foi lançado nos cinemas o filme Kamen Rider × Kamen Rider W & Decade: Movie Taisen 2010. O crossover entre o(s) Rider(s) vigente(s) e o antecessor. Justamente naquele mesmo sábado surgia um filme "concorrente"à altura.

Ultraman: O Filme - Mega Batalha na Galáxia Ultra foi uma produção importante em vários parâmetros da Tsuburaya. Primeiro de tudo é que esta foi bancada e distribuída pela filial local da Warner Bros., complementou o segredo da Família Ultra e lançou mais um membro dela: Ultraman Zero. Ele é nada mais e nada menos que o filho do lendário Ultraseven (não me pergunte quem é a mãe, por favor!) e foi um dos queridinhos da franquia nos anos recentes. Até mesmo para quem não curte a franquia e prefere o eixo Rider/Sentai (da Toei).

O crossover pode servir como uma sequencia das séries Ultra Galaxy Mega Monster Battle (2007-08) e Ultra Galaxy Mega Monster Battle: Never Ending Odyssey (2008-09), respectivamente as 24ª e 25ª Ultra Series. Para quem não sabe, estas produções (de 13 episódios cada) contam como o humano Rei que herdou poderes do diabólico Alien Reiblood e se tornou o herói Reimon, ao lado do monstrão Gomora. Rei viajava pelo universo com seus colegas da equipe ZAP SPACY.


Belial em seu primeiro ataque contra os Guerreiros Ultra após sua prisão

Após sua redenção, Rei é procurado por Ultraman Mebius para ajudá-lo na luta contra Ultraman Belial. Um rebelde que no passado tentou roubar o Plasma Spark, sol artificial criado pelos ancestrais da Terra da Luz como fonte de sobrevivência, para obter grande poder. Após escapar da prisão, Belial apoderou-se da arma Giga Battle Nizer que tem o poder de controlar até cem monstros.

Mega Batalha na Galáxia Ultra pode não surpreender tanto em roteiro, mas consegue chamar atenção por alguns motivos específicos. A excelente superprodução utilizou cenários em CGI (imagem gerada por computador) que dispensou as tradicionais maquetes de combate (o que nada diminui os velhos cenários que até hoje ajudam os recursos de produções de tokusatsu); Diverte em sequencias de combate que tiveram mais desenvoltura e um toque de "realismo". Ou melhor, um toque do diretor Koichi Sakamoto que é impecável em seus trabalhos, como sempre.

A introdução de Ultraman Zero é interessante. Filho de Seven, passou a ser treinado por Ultraman Leo, que outrora foi treinado pelo pai de seu aluno. Zero tem um motivo especial para passar pelo treinamento. Mas sua relação de pai e filho não passou de algo superficial na história. Quem assistiu deve saber do que estou falando. Enfim, sua primeira batalha foi triunfal. O então caçula da Família dos gigantes prateados caiu no gosto do público e rendeu uma continuação no ano seguinte nos cinemas, sem contar outros Gaidens direto-para-vídeo. Ah, Mega Batalha na Galáxia Ultra tem uma participação meio inusitada de Shin Asuka/Ultraman Dyna (que está loiro!). Sabe-se que ele é um Ultra vindo de outra cronologia (multiverso). Apesar de parecer dispensável, o fanservice valeu simplesmente por conta do carisma do herói.


Ultraman King e Astra, o irmão de Leo

O filmaço teve uma disputa acirrada na primeira semana no Japão. Não só pelo filme de fim de ano dos Kamen Riders como citei acima, mas também por conta das estreias dos filmes One Piece Film: Strong World e Patrulha Estrelar: Ressurection que também estrearam na mesma data. Fato que deixou o público indeciso na hora de escolher o que assistir primeiro. O filme faturou $6.161.665 e se tornou a segunda maior bilheteria de Ultraman, perdendo apenas para Superior Ultraman 8 Brothers.

Retornaram os atores Shota Minami (Rei/Reimon) e o restante do elenco de Ultra Galaxy. Além dos veteranos Susumu Kurobe (Hayata/Ultraman), Kohji Moritsugu (Dan/Seven), Takeshi Tsuruno (Asuka/Dyna), Shunji Igarashi (Mirai/Mebius). Participaram apenas na dublagem original outros nomes como Jiro Dan (Jack), Keiji Takamine (Ace), Ryu Manatsu (Leo) - retornando aos papéis de origem. O destaque principal - e mais curioso ainda - fica para a atuação do Então Primeiro Ministro Junichirô Koizumi, que emprestou sua voz para o lendário Ultraman King. E não posso esquecer de Mamoru Miyano, que imortalizou sua voz como Ultraman Zero. O talentosíssimo seiyu (dublador) é famoso no Japão por personagens de animes como Light Yagami (Death Note), Cinque Izumi (Dog Days), Berg Katze (Gatchamen Crowds), entre outros e mais algumas participações em outros tokusatsus como Exceedraft (ainda criança) e Kyoryuger.


Mega Batalha na Galáxia Ultra foi o último dos sete primeiros filmes (todos resenhados aqui no blog) a ser lançado direto-para-DVD no Brasil durante todo o segundo semestre de 2011 através de um pacote da Focus Filmes. Por sua vez, este foi o primeiro Ultra filme a ser comercializado também em Blu-ray. Todos com áudios nas versões original e brasileira. O mesmo foi exibido no Canal Max (do grupo HBO), estreando na noite de 6 de fevereiro de 2014, apenas com áudio em japonês e legendas em português. Está disponível via streaming pela Netflix desde 15 de dezembro ao lado de mais seis filmes da franquia.

A dublagem foi realizada mais uma vez pela Dubrasil (de Sampa) em parceria com a Rio Sound (do Rio, óbvio). Retornam aos trabalhos em seus respectivos papéis: Márcio Simões (Hayata/Ultraman), Celso Vasconcelos (Dan/Seven), Orlando Viggiani (Ace), Hermes Baroli (Asuka/Dyna), Rodrigo Andreatto (Mirai/Mebius). O saudoso Ionei Silva não retornou para emprestar sua voz para o Ultraman Jack, sendo substituído pelo também falecido Hamilton Ricardo. Ricardo dublou também Hyuga (o comandante da ZAP SPACY). Silvio Giraldi (Dan o Rei Hiba em Shurato) volta a dublar Ultraman Tarô e com mais vigor do que em sua última participação, que foi curtinha. Também dublou o Ultraman 80 (Eighty).

Alfredo Rollo atuou como Ultraman Zero e tentou não ser como Vegeta (de Dragon Ball Z), embora a interpretação lembrasse e divertisse assim como o Príncipe dos Saiyajins. Outros dubladores em destaque são Gilberto Baroli (Saga de Gêmeos em Cavaleiros) como o Pai de Ultra (Ken); Cristina Rodrigues (Pink Flash no tokusatsu Flashman) como a Mãe de Ultra (Marie); Felipe Zilse (Haruto de Lobo em Os Cavaleiros do Zodíaco Omega) como Rei/Reimon; e Nestor Chiesse (Hypnos em Cavaleiros - saga de Hades) como Ultraman Leo. Agora, estranha foi a interpretação de Antônio Natal como Ultraman King, ao contrário da versão japonesa, as falas ficaram arrastadas. Muito esquisito.

PS: A próxima resenha dos filmes do Ultraman fica para daqui a duas semanas, no dia 20 de maio. Na próxima sexta teremos mais um anime aniversariante da Manchete. Até a próxima, amiguinhos.

Mayoiga apela para flashbacks e fantasia macabra

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Os viajantes que se cuidem

O anime Mayoiga (The Lost Village) começou de um jeito esquisito que parecia fugir da própria proposta de divulgação. Foi anunciado como uma série de suspense, terror e mistério. A primeira impressão foi diferente do que se esperava. Parecia um anime (com crise de identidade) e que estava parecendo mais com um reality show improvisado e sem regras.

Mayoiga vem melhorando nas últimas semanas e tem revelado o seu tom sombrio. Perdeu um pouco da "fofura" que estava atrapalhando a atração e roteiro e personagens ficaram mais inteligentes. No episódio desta sexta (6) houve a aparição de uma criatura feita de silicone que atacou diretamente no emocional de alguns personagens. Isso gerou alguns flashbacks que lembraram momentos da série americana Lost. Porém com mais bizarrice e um surrealismo macabro que viraram um tormento.

Não dá pra dizer ainda que Mayoiga é um dos melhores animes da temporada. Mas está chamando a atenção do espectador que procura acompanhar semanalmente. Resta torcer pra que o enredo melhore já que agora está na metade da temporada.

Farsa de Monaca é mais uma historinha pra boi dormir em Dragon Ball Super

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Monaca forte?

Quando assisto a episódios isolados de comádia em Dragon Ball Super tenho a impressão de que Akira Toriyama perdeu o pique pra fazer graça como antigamente. O episódio deste domingo (8) é mais um daqueles que não vão acrescentar em nada à mitologia e ninguém vai sentir falta. Ou seja, não deixará nada que seja marcante. Ou alguém vai me dizer que sente falta daquele episódio em que o Mr. Satan teve que enfrentar um alienígena patético?

Pelo menos ficamos sabendo que Monaca não tem superpoderes/superforça coisa nenhuma. Ele é fracote mesmo e foi tudo uma armação de Bills desde o começo. A gente sabe que Goku tem uma grande sede por luta e não se aquieta quando vê um guerreiro forte. Viu quando o baixinho deu um golpe arremessador em contra Hit. Veja, um golpe falso e que Hit parou por uns instantes e resolveu se entregar porque percebeu que aquele oponente não era nada interessante para ele, depois de um intenso duelo contra Goku.

E o episódio da semana foi algo que não rendeu muita coisa a não ser uma desculpa pra segurar o calendário de exibição. Pra enganar Goku, os seus amigos colocaram Bills numa saia justa pra se disfarçar de Monaca - com fantasia e capacete (do tipo Carreta Furação). Sem graça a intervenção de Piccolo e Vegeta na luta, quando na verdade era pra consertar o "cosplay" de Bills (como Monaca) que estava rasgando com os golpes de Goku. Até o coitado do Pu'al foi obrigado a se disfarçar em Bills pra melhor parecer ao Goku.

Pelo visto vamos ter mais um pack de episódios inúteis em Dragon Ball Super até a gente ver uma saga mais consistente. E pensar que ainda temos mais de um ano da série pela frente.

Retorno de Mirai Trunks pode ser um sinal de cansaço de Akira Toriyama

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Trunks adulto voltará em Dragon Ball Super

No post anterior escrevi que Akira Toriyama não consegue mais fazer aquele humor como antigamente. O resultado está aí, como episódios isolados que tentam fazer gracinha, piadas bobinhas e nada que vá deixar saudades depois que Dragon Ball Super acabar no meio do ano que vem. Fato.

Ontem foi anunciada a volta de Mirai Trunks - ou Trunks do Futuro. Talvez não deve ser o mesmo daquela linha do tempo alternativa que vimos em Dragon Ball Z. Ou pode ser que seja mesmo. A de se considerar de que Akira Toriyama sempre teve umas ideias loucas e algumas coisa não foram explicadas, criando lacunas de furo (como esse do Trunks). Tais furos podem se repetir, perigando criar um nó no cérebro do espectador.

Se é falta de criatividade ou se é por uma simples vibe nostálgica de Toriyama, só saberemos com o tempo. Do jeito que anda Dragon Ball Super, a coisa não deve ir muito pra algo mais criativo. Falando em falta de criatividade, teremos um Black Goku. É algo pra gente se preocupar. Quanto a volta de Arale (de Dr. Slump) no próximo domingo, é um caso à parte. Uma homenagem.

A impressão que fica é que Dragon Ball Super está servindo mais pra reciclar os mesmos elementos já vistos ao longo da fase clássica. Começou bem, mas depois fomos surpreendidos como nada menos que uma re-version dos últimos dois filmes de DBZ. Teve a saga do Sexto Universo que divertiu. Mas ainda falta uma super ameaça, um supervilão, ou alguma coisa do tipo. Não precisa ser uma releitura de Freeza, Cell e Majin Boo. Basta ser uma coisa totalmente inovadora, jamais vista na mitologia de Dragon Ball.

Toriyama precisa criar algo urgente antes que a peteca de DB Super caia dentro desse espaço de 14 meses que restam.
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